concepção de escola de William Kilpatrick, concepção de aluno defendida, teoria defendida pelo teorico?
Soluções para a tarefa
O Método dos Projetos de Kilpatrick parte de problemas
reais, do dia-a-dia do aluno. Todas as atividades escolares realizam-se através
de projetos, sem necessidade de uma organização especial. Originalmente ele
chamou de projeto à "tarefa de casa" ("home project") de
caráter manual que a criança executava fora da escola. O projeto como método
didático era uma atividade intencionada que consistia em os próprios alunos
fazerem algo num ambiente natural, por exemplo, construindo uma casinha
poderiam aprender geometria, desenho, cálculo, história natural etc. Kilpatrick
classificou os projetos em quatro grupos:
a) de produção, no qual se produzia algo;
b) de consumo, no qual se aprendia a utilizar algo já produzido;
c) para resolver um problema;
d) para aperfeiçoar uma técnica.
Quatro características concorriam para um bom projeto didático: a) uma atividade motivada por meio de uma consequente intenção; b) um plano de trabalho, de preferência manual; c) a que implica uma diversidade globalizada de ensino e d) num ambiente natural.
Como trabalhar com projetos? Projeto vem de projetar, projetar-se, atirar-se para a frente. Na prática, elaborar um projeto é o mesmo que elaborar um plano para realizar determinada ideia. Dessa forma, um projeto supõe a realização de algo que não existe, um futuro possível. Tem a ver com a realidade em curso e com a utopia possível, realizável, concreta. Dificilmente os integrantes de uma escola escolherão trabalhar num projeto da escola se ele não foi a extensão de seu próprio projeto de vida. Trabalhar com projetos na escola exige um envolvimento muito grande de todos os parceiros e supõe algo mais do que apenas assistir ou ministrar aulas.
Além do conteúdo propriamente dito de cada projeto, conta muito o processo de elaboração, execução e avaliação de cada projeto. O processo também produz aprendizagens novas. "A própria organização das atividades didáticas deve ser encarada a partir da perspectiva do trabalho com projetos. De fato, respostas a perguntas tão frequentemente formuladas pelos alunos, em diferentes níveis, como: Para que estudar Matemática? E Português? E História? E Química?" Não podem mais ter como referência o aumento do conhecimento ou da cultura, ou ainda, mais pragmaticamente, a aprovação nos exames. A justificativa dos conteúdos disciplinares a serem estudados deve fundar-se em elementos mais significativos para os estudantes, e nada é mais adequado para isso do que a referência aos projetos de vida de cada um deles, integrados simbioticamente em sua realização aos projetos pedagógicos das unidades escolares