Pedagogia, perguntado por netojf, 9 meses atrás

Conceitue Literatura Infantil na visão de Fernandes (2003)

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Respondido por gleici2018
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Resposta:

De acordo com Vygotsky (1988) apud Silva e Arena (2012), o início da vida da criança é marcado pela intensidade do desenvolvimento intelectual, físico, emocional e moral da criança, assim, ela passa a construir um processo de humanização. A criança, por estar em relação com a sociedade e seus costumes, se apropria do mundo, desenvolvendo uma forma de refletir sobre ele, aprendendo a atuar no mesmo. Assim, a educação infantil mostra-se fundamental na construção de uma consciência humanizada, que valorize o ser humano e que perceba como atuar na sociedade.

Este contato social é imprescindível para que a criança se situe e se desenvolva em sociedade, e a leitura oferecerá recursos para que ela tenha outra ferramenta comunicativa e para que possa desenvolver a sua cidadania de maneira mais abrangente, além de ser uma forma muito interessante de trabalho com o lúdico, através das narrativas, que podem auxiliar no desenvolvimento da criatividade infantil e de sua habilidade interpretativa.

Para Sousa (2004), as primeiras experiências que as crianças têm com os livros devem ser impulsionadas pelos adultos, pelos que estão ao seu redor, até mesmo porque a criança tem uma necessidade constante de imitar os adultos que conhece. É fundamental que se aguce a curiosidade que a criança já tem, transformando a leitura num processo agradável e que valorize ariqueza de detalhes, com uma interpretação que fascine a criança. Não basta ler de qualquer forma, inventar respostas que a criança pede, é preciso ter cuidado, pois a criança é atenta, e sabe quando alguém a engana. Portanto, é fundamental que o adulto transforme a leitura numa prática que desperte a curiosidade infantil e valorize cada detalhe contado.

Desta forma, o leitor precisa se encantar com o que lê para a criança,valorizando cada aspecto, e despertando o interesse na obra, e no livro, que pode guardar muitos segredos.

Sousa (2004) ainda explica que a escola, sob uma visão mais ampla, se preocupa demais com os conteúdos programáticos, deixando, muitas vezes, de se focar no processo de ensino-aprendizagem como um processo prazeroso, como a leitura pode assumir através do qual se pode atingir muitos outros conteúdos, valorizando o desenvolvimento da capacidade crítica de cada aluno.

Neste sentido, é preciso transformar o conceito de educação, em relação ao seu sentido pragmático, que também é importante, mas que precisa mostrar-se flexível. É preciso formar leitores críticos, e esta é uma tarefa possível junto com o dialogo, mas é para ser construída uma realidade neste sentido.

Para Fernandes (2010), muitas questões prejudicam a leitura prazerosa, a leitura que possibilita uma ampliação do conhecimento e da visão de mundo. Neste sentido, é fundamental que os professores consigam planejar métodos que possam fazer com que os alunos adquiram gosto pela leitura. O trabalho dos professores precisa ser direcionado para atrair as crianças para a leitura, para que elas possam obter mais conhecimento e que isso lhes proporcione um aprendizado mais sólido, que possa ampliar a visão de mundo.

O educador precisa pensar em métodos pedagógicos para organizar e explorar a leitura na escola, visando sempre buscar o desenvolvimento infantil, promovendo o potencial criativo e intelectual, através da construção de significados e conhecimentos que auxiliem a criança na interação social, ou seja, a leitura precisa ser usada como ferramenta do ensino lúdico, proporcionando prazer e descoberta (FERNANDES, 2010, p. 08).

Ao passo que a leitura assume este papel de despertar o interesse e o prazer, a criança compreende a riqueza que as narrativas podem ter a presença de seus personagens e da envolvente história que os livros podem trazer, construindo uma relação de amor e carinho pela leitura.

Para Zilberman (2009), citado por Fernandes (2010), o ato da leitura precisa ter uma abrangência diversa em relação à satisfação que proporciona, deve ter intuitos escolares, mas não pode ser uma atividade que deixe de lado a questão da diversão, é preciso acumular funções, mas elas estão envoltas na questão do desenvolvimento, para que ocorra o aprendizado, é preciso que se obtenha resultados através da atenção e do desejo, e se for trabalhada a leitura de maneira inadequada, ao invés de proporcionar a criação da relação entre a criança e o livro, pode-se traumatizá-la, e impedir que este processo aconteça, valorizando tudo o que há de positivo em sua prática.

Fernandes (2010) defende que é através da exploração de elementos simbólicos presente nos livros, ou seja, da magia da leitura, que tornam-se possível que haja a socialização de conhecimentos e experiências, o livro pode assumir um domínio sobre o leitor, que em constante estado de interesse por descobertas passa a se relacionar com a leitura, e desejar o contato com o livro, sentindo falta de sua magia.

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