Comunidades Tradicionais brasileiras Quem estuda a sucessão de fatos que foi construindo o Brasil não encontra muitas histórias de como se deu a ocupação do país para além dos projetos de colonização oficiais. Invisíveis aos olhos da maioria e muitas vezes desconsideradas pelo Estado, muitas comunidades criaram modos de vida próprios, enraizados em territórios que foram transformando e construindo. Para sobreviver, elas dependem da nossa rica diversidade de biomas: da Caatinga ao Cerrado, das florestas de Araucárias à Amazônia, dos mares aos rios. Os territórios que ocupam são alguns dos locais mais preservados do Brasil. Juntas, estão formando articulações para compartilharem conflitos e estabelecerem estratégias coletivas de resistência, aprendendo com as experiências dos povos indígenas e quilombolas. Muitas vezes, a palavra tradicional é associada a práticas do passado. Mas, ao percorrer a trajetória de uma pequena amostra dessas comunidades, este especial conta uma parte muito viva da nossa história, e que segue em construção. Assim como povos indígenas e quilombolas, desenvolveram maneiras próprias de viver enraizadas em seus territórios. No Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, instância de participação oficial ligada ao Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, hoje são reconhecidos 26 tipos de comunidades, e é certo que outros passarão a reivindicar esse título nos próximos anos. Como as apanhadoras de flores e as caiçaras, as comunidades lançam mão da carta da identidade quando em conflito. E o Brasil segue como um dos líderes em conflitos no campo. “As comunidades falam a mesma língua, temos a mesma cultura. Um socorre o outro nas enchentes”, explica Reinaldo Pereira da Silva, da comunidade pesqueira e vazanteira Maria Preta, nas margens do Rio São Francisco. Ao longo do rio, são pelo menos 300 comunidades como a sua. Perto dali, Clarindo Pereira dos Santos, de 50 anos, resume: “O São Francisco, pra mim e pra todas essas comunidades, é a vida. Quando acabar, acabou tudo”. Ele é morador de Canabrava, hoje destruída pela ação de fazendeiros que alegam propriedade da área. Para o professor Carlos Walter, “a vida digna não pode existir de forma abstrata: o território é condição para dignidade”.
Descreva sobre a importância das comunidades tradicionais para o Brasil? Pesquise pelo menos sobre um dessas comunidades e analise o estilo de vida delas? É bom? É ruim? De que forma eles vivem?
Soluções para a tarefa
Resposta:
projetos de colonização oficiais. Invisíveis aos olhos da maioria e muitas vezes desconsideradas pelo Estado, muitas comunidades criaram modos de vida próprios, enraizados em territórios que foram transformando e construindo. Para sobreviver, elas dependem da nossa rica diversidade de biomas: da Caatinga ao Cerrado, das florestas de Araucárias à Amazônia, dos mares aos rios. Os territórios que ocupam são alguns dos locais mais preservados do Brasil. Juntas, estão formando articulações para compartilharem conflitos e estabelecerem estratégias coletivas de resistência, aprendendo com as experiências dos povos indígenas e quilombolas. Muitas vezes, a palavra tradicional é associada a práticas do passado.
Explicação:
Ele é morador de Canabrava, hoje destruída pela ação de fazendeiros que alegam propriedade da área. Para o professor Carlos Walter, “a vida digna não pode existir de forma abstrata: o território é condição para dignidade”.