Compreensão e interpretação textual:
a) "O orgulho e o instinto de superioridade do homem sulista são o resultado da construção do mito do gaúcho herói que tem no cavalo uma extensão de seu próprio corpo e nos seus valores um estilo de vida. É uma criação do imaginário, passado por um processo de idealização do qual a literatura apropria-se reconstruindo e reforçando essa ideologia."
Dessa forma comente alguns valores qualitativos atribuídos ao narrador-personagem Blau Nunes.
b) Em "Trezentas Onças", além da descrição das paisagens e tradições sulistas, percebemos a fixação do mundo gauchesco através da oralidade e o regionalismo da linguagem. Qual o efeito de sentido provocado pela estratégia do autor em ceder a palavra ao vaqueano Blau Nunes?
c) No conto, há referência a um interlocutor denominado "patrício" . Por que o autor o escreve com letra minúscula?
d) "Há nessa narrativa um desequilíbrio ocasionado pela perda da guaiaca, que Blau Nunes tenta recuperar quando volta pelo trajeto que havia tropeado a fim de encontrá-la. Há, aí. outro desequilíbrio, através da vontade de se matar por não ter encontrado as trezentas onças.
Através da natureza,dos animais, das estrelas, há um novo equilíbrio e o personagem volta à estância para prestar contas ao seu patrão."
Comente a contribuição da natureza na construção identitária do homem gaúcho.
e) O dinheiro é um motivo recorrente na obra " Contos Gauchescos| (1912), especialmente no conto "Trezentas onças", o que se ganha e o que se perde com ele. Considerando-se as transformações no cenário histórico e cultural da época, essa temática pode indicar uma crítica ao capitalismo?
Soluções para a tarefa
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Olá,
A) Blau Nunes é um homem de 88 anos, que como diz a obra, ainda possui "todos os dentes", ou seja, é alguém conservado e está bem para a idade. Essa supervalorização da figura de Blau tem o objetivo de qualificar o homem gaúcho, o homem do pampa como resistente, rústico, forte e voraz.
B) No conto "Treze Onças" Blau Nunes finalmente encontra e recupera guaiaca que esquecera, mas isto ocorre somente devido a honestidade que os peões mostram. A estratégia do autor em ceder a palavra a Blau é de evidenciar o regionalismo presente na oralidade do personagem.
C) Há duas possibilidades: pode ser uma escolha de liberdade poética do autor, no sentido de dar irrelevância ou desqualificar a personagem, ou pode ser porque patrício era tido como um adjetivo, tal como a classe social da antiga Roma.
D) A natureza tem papel fundamental na construção do ideal de Homem Gaúcho, pois este sempre esteve em contato com ela - numa relação de troca; ao mesmo tempo que a natureza oferece recursos (alimentos e animais) ao homem, ela também o desafia e o endurece, sendo crucial na formação da sua personalidade e no seu equilíbrio emocional.
E) Há na obra, sem sombra de dúvidas, uma crítica social ao poder exacerbado dos ditos poderosos da época, tanto nas ordenações de refinamentos imperiais quanto os estancieiros, que matavam os bois velhos para arrancar-lhes o couro.
Espero ter ajudado!
A) Blau Nunes é um homem de 88 anos, que como diz a obra, ainda possui "todos os dentes", ou seja, é alguém conservado e está bem para a idade. Essa supervalorização da figura de Blau tem o objetivo de qualificar o homem gaúcho, o homem do pampa como resistente, rústico, forte e voraz.
B) No conto "Treze Onças" Blau Nunes finalmente encontra e recupera guaiaca que esquecera, mas isto ocorre somente devido a honestidade que os peões mostram. A estratégia do autor em ceder a palavra a Blau é de evidenciar o regionalismo presente na oralidade do personagem.
C) Há duas possibilidades: pode ser uma escolha de liberdade poética do autor, no sentido de dar irrelevância ou desqualificar a personagem, ou pode ser porque patrício era tido como um adjetivo, tal como a classe social da antiga Roma.
D) A natureza tem papel fundamental na construção do ideal de Homem Gaúcho, pois este sempre esteve em contato com ela - numa relação de troca; ao mesmo tempo que a natureza oferece recursos (alimentos e animais) ao homem, ela também o desafia e o endurece, sendo crucial na formação da sua personalidade e no seu equilíbrio emocional.
E) Há na obra, sem sombra de dúvidas, uma crítica social ao poder exacerbado dos ditos poderosos da época, tanto nas ordenações de refinamentos imperiais quanto os estancieiros, que matavam os bois velhos para arrancar-lhes o couro.
Espero ter ajudado!
alinehallal67:
Obrigada! ajudou sim.
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