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Escultora. Freqüenta a Academia de Belas Artes de La Paz (1927-1930), onde é professora de escultura e anatomia artística (1931-1939). Em 1936 viaja pela América Latina. Entre 1940 e 1950 permanece nos Estados Unidos. Em 1930 conquista o primeiro de inúmeros prêmios. Conhece Henry Moore, Archipenko e Mestrovic. Além do granito comanche, trabalha o ônix, o mármore, o alabastro, a madeira, o bronze. Entre as exposições que realiza destacam-se a Exposição Internacional de Berlim, a I Bienal de São Paulo, o III Salão Nacional de La Paz, a XXVI e a XXXIII (sala especial) Bienal de Veneza. Sua escultura tem como característica: o encontro entre a emoção e a elaboração mental, a partir de pesquisas de matéria e da forma. A emoção está na paixão que a artista tem por seu povo e sua terra, extravasada em formas ondulantes, suaves e doces que lembram as paisagens e traços da gente boliviana. A elaboração encontra-se na busca de uma maior pureza e simplificação de linhas e volumes e do melhor material para expressá-los: o bloco denso para transformá-lo em forma sensível, a pedra para interpretar os Andes, o ônix branco para o torso feminino, o granito comanche ou o basalto para as madonas e os retratos. Trabalha com formas em que força e graça se harmonizam em busca de uma essência de manifestação, despojando-se de inclinações anedóticas. A linha que prevalece é a curva fechada, côncavas/convexas; as formas, ovóides; os blocos, compactos. Superfície, volume e densidade são fenômenos tácteis: a ação da mão define os vazios do espaço e os cheios das coisas e dá às formas sensibilidade e vida. Marina Nuñez Del Prado sintetiza conteúdo e expressão através de contornos de qualidade, textura e cor.