Filosofia, perguntado por jonathamacedo2002, 11 meses atrás

compare as noções de senso estético entre Kant, Hegel e schoppernhawer?? ​

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Respondido por elamambretti
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A estética definida como a consciência elementar não elaborada da estimulação, é uma dimensão própria do homem e tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse e preocupação no ser por aquilo que, efetivamente, o agrada.

Em Kant, o senso estético é um estado de vida de direito próprio, uma capacidade de usufruir, intimamente relacionada a outras capacidades cognitivas do ser humano, sem depender, necessariamente, da aquisição de conhecimento, ou seja: para contemplar o belo, o sujeito não se vale das determinações das capacidades cognitivas das faculdades do conhecimento. Na percepção do objeto, o sujeito integra a plenitude de suas características e não as características isoladas.

Surge assim, o conceito de juízo de gosto: o gênio criador, do lado do artista, a beleza, do lado da obra e o juízo de gosto, do lado do público, que constituem os pilares sobre os quais se erguerá a disciplina filosófica conhecida como estética.

Para Hegel, a dificuldade de se estudar a estética é o fato de seu objeto, o belo, ser de ordem espiritual, pois o belo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo. Contudo, esse fato não chega a ser comprometedor para a compreensão do fenômeno do senso estético, porque o “verdadeiro conteúdo do belo não é senão o espírito”.

Para Schopenhauer, é na concepção metafísica do belo, na contemplação estética, que o homem encontra consolo para o sofrimento,  pois é através de seu senso estético, que momentaneamente o indivíduo é destituído da vontade individual e, portanto, da escravidão de  seus desejos e afetos. Desse modo, na contemplação da arte o homem passa do estado de ator para  o de expectador, esse não age mais no mundo, mas apenas o contempla.

Diferentemente de Kant e Hegel, para Schopenhauer a arte é uma forma privilegiada de conhecimento intuitivo do mundo, pois arranca o objeto das relações e o torna um representante do  todo, em outras palavras, retira o objeto de contemplação do curso do mundo e o isola diante do  sujeito, que agora se torna um puro sujeito do conhecimento.

Bons estudos

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