Compare a filosofia moderna com a filosofia contemporânea
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A Filosofia Moderna corresponde ao pensamento desenvolvido da metade do século XV ao final do século XVIII. O que chamamos de mentalidade moderna advém das transformações culturais, sociais, religiosas e econômicas que ocorreram na Europa deste período.
Os historiadores da filosofia designam como filosofia moderna aquele saber que se desenvolve na Europa durante o século XVII tendo como referências principais o cartesianismo — isto é, a filosofia de René Descartes —, a ciência da Natureza galilaica — isto é, a mecânica de Galileu Galilei —, a nova idéia do conhecimento como síntese entre observação, experimentação e razão teórica baconiana — isto é, a filosofia de Francis Bacon — e as elaborações acerca da origem e das formas da soberania política a partir das idéias de direito natural e direito civil hobbesianas — isto é, do filósofo Thomas Hobbes.
No entanto, a cronologia pode ser um critério ilusório, pois o filósofo Bacon publica seus Ensaios em 1597, enquanto o filósofo Leibniz, um dos expoentes da filosofia moderna, publica a Monadologia e os Princípios da Natureza e da Graça em 1714, de sorte que obras essenciais da modernidade surgem antes e depois do século XVII. Muitos historiadores preferem localizar a filosofia moderna no período designado como Século de Ferro, situado entre 1550 e 1660, tomando como referência as grandes transformações sociais, políticas e econômicas trazidas pela implantação do capitalismo, enquanto outros consideram decisivo o período entre 1618 e 1648, isto é, a Guerra dos Trinta Anos, que delineia a paisagem política e cultural da Europa moderna.
E ‘notório que a filosofia contemporânea busca um novo fundamento para o mundo.
Fundamento este que não mais separa o ser do mundo e das coisas de um lado e a racionalidade humana do outro. Não!
Na filosofia contemporânea o ser mundano, o ser da coisa
e o homem se relacionam. No pensamento raciovitalista do filósofo espanhol José Ortega y Gasset o ser é a própria vida.
Isto porque, a vida é a necessidade das necessidades, ou seja, é a pa rtir dela que se originam todas as necessidades do homem. E, mesmo sendo a vida uma necess i-
dade original é imprescindível que ela seja construída e realizada incessantemente.
Esta realização vital se dá no mundo, pois, consoante o filósofo, o homem é um ser lançado no mundo sem consulta prévia. Deste modo, nos propomos a esboçar um estudo sobre a vida e o mundo na concepção orteguiana.
Para tanto, iremos nos valer das considerações sobre mundo do filósofo alemão Martin Heidegger que “na análise da vida [foi] quem chegou mais próximo de seu âmago.
E, ainda, explanararemos uma possível forma de a realização vital vir a ser um processo criador próprio da arte.
A vida se encarrega de proporcionar a coexistência do homem, das coisas e do mundo.
Isto pode ser justificado com as próprias palavras de Ortega y Gasset que dizem: “para nós, ser significa ‘viver’ – portanto – intimidade consigo e com as coisas”.