Comparação entre mc donalds e industria de fast food
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Uma coisa ninguém pode negar: a rede de fast food McDonald’s é sinônimo de Estados Unidos — só vendo o logo da marca, muita história e ideologia norte-americana já vem em nossas cabeças. Então, quando cheguei aqui, pensei logo, vou comer um Big Mac na terra do Big Mac!. Eu não via a hora de descobrir, finalmente, como esses lanches eram feitos no lugar onde eles foram criados.
No Brasil, eu a-ma-va ir ao McDonald’s — rolava de vez quando só, já que é tão caro por lá, e eu não achava que valia tanto a pena assim. Mas de vez batia aquela vontadezinha e lá ia eu, em busca do meu Big Tasty e das minhas batatinhas fritas. Eu sempre gostei muito do sabor dos lanches no geral — tanto que teve uma época que, para me fazer um agrado, era só me levar no McDonald’s mais próximo.
Quando cheguei aqui nos Estados Unidos, é claro que não demorei muito para provar um Mczinho. Na primeira mordida, para a minha surpresa, notei que o sabor dos lanches daqui é um pouco diferente — e não no bom sentido.
O sabor não é ruim, mas dá para perceber que o gostinho “industrial” é bem mais forte do que no Brasil. Depois de ver uns documentários sobre indústrias de alimentação aqui dos Estados Unidos, descobri o porquê desse sabor industrial: o McDonald’s, por ser uma das maiores franquias de fast food no mundo, prioriza certas coisas para estar sempre no topo dessa indústria. Isso quer dizer que eles estão sempre querendo os produtos mais baratos para fazer os lanches, para que possam vender mais barato do que a concorrência.
Comer no McDonald’s por aqui é bem barato — um Big Mac custa 3,99 doláres, por exemplo. E é basicamente com isso que a empresa se preocupa: lucrar, lucrar e lucrar, não importando muito quais os meios utilizados para que isso aconteça.
O jeito do McDonald’s “economizar” é utilizando ingredientes mais baratos, fazendo produção em massa de seus produtos (hambúrgueres, batatas, nuggets), pagando salário mínino para seus funcionários, entre outras peripércias. Já deu para perceber que qualidade não é a prioridade deles, né?
Por isso que sempre dá uma dorzinha sempre quando vou lá. Então por que você ainda vai, perguntam vocês. Bem, porque a carne (minha mesmo) é fraca, gente. Por anos eu achei o McDonald’s o máximo e sempre ia comer lá. Como mudar assim, de repente? Às vezes ainda bate uma vontadezinha, mas é bem de leve e passa rapidíssimo.
Esses dias, juntou a preguiça de cozinhar + não querer gastar dinheiro comendo fora + assunto para escrever no blog, e resultou em uma ida ao McDonald’s mais próximo. Fomos eu e meu marido, e no carro eu já ia pensando, putz, não acredito que vou no McDonald’s. Muita vezes eu acho que quem vai lá é muito mal visto aqui — pelo menos na Califórnia. Como nesse estado o pessoal é total geração-saúde, ser visto comendo um Big Mac é um pecado capital. Por isso, sempre que eu e meu marido voltamos para casa com um saquinho do McDonald’s, eu falo pra ele, carrega isso aí, não vou levar não. A resposta dele é sempre, por que, tá com vergonha? E devo confessar que sim, não quero correr o risco de entrar no elevador, encontrar alguém e ser duramente julgada. Pois é, minha gente, frequentar o Mc é quase um crime (e eu sou um pouquinho dramática).