Comparacao entre a Ditadura do brasil e da argentina-resumooo pvrr
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Ditadura argentina
As ditaduras militares substituíram governos populistas em vigor desde os anos 1940. Eram tempos de instabilidade política, que impediam tanto a sedimentação da democracia quanto o desenvolvimento social e econômico de países latino-americanos.
Na Argentina, ocorreram seis golpes de Estado no período entre 1930 e 1976. Nos dois últimos, de 1966 e 1976, os militares estabeleceram regimes autoritários mais duradouros (25 anos, no total).
DITADURA MILITAR SANGRENTA
O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla ouve a sentença que o condenou a 50 anos de prisão pelo rapto de bebês no regime militar
Em 1966, o general Juan Carlos Onganía comandou o que denominou de “Revolução Argentina”. Diferentemente dos levantes anteriores, que instauraram governos provisórios, foi adotado o modelo de Estado autoritário. Três ditadores se sucederam no poder, até que a pressão popular levou à convocação de eleições presidenciais, com a vitória de Juan Domingo Perón, em 1973.
Três anos depois, em 14 de março de 1976, um novo golpe empossou o general Jorge Rafael Videla. Nos 17 anos seguintes, até 1983, quatro juntas militares comandaram o país. Foi a ditadura mais violenta da América Latina, com estimativa de 30 mil civis mortos na chamada “guerra suja”.
Principais características do regime militar no Brasil:
– Cassação de direitos políticos de opositores;
– Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição;
– Censura aos meios de comunicação;- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos);
– Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos sindicatos;
– Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada);
– Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar;
– Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime;
– “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.
Comparação
Muita gente faz comparação com a Argentina. Na verdade, é uma comparação indevida, porque, na Argentina, havia antes do golpe um movimento muito forte da luta armada da esquerda. Então, por incrível que pareça, o golpe de 1976 foi recebido, inclusive, com alívio pela população. As pessoas estavam extenuadas daquela sucessão de atos violentos do confronto entre a repressão, que começou antes do golpe, ainda no governo de Isabel Perón, e a esquerda revolucionária. Aqui não houve nada disso. No caso do Chile, realmente lá havia uma experiência socialista com o governo de Salvador Allende, o que também distingue bastante o golpe no Chile do caso brasileiro. Aqui nós não tínhamos nenhuma experiência socialista. O Goulart, inclusive, não tinha esse perfil ideológico. Então, são situações muito diferentes. A gente tende a vê-las como assemelhadas por causa da violência da ditadura, mas são casos completamente diferentes.
As ditaduras militares substituíram governos populistas em vigor desde os anos 1940. Eram tempos de instabilidade política, que impediam tanto a sedimentação da democracia quanto o desenvolvimento social e econômico de países latino-americanos.
Na Argentina, ocorreram seis golpes de Estado no período entre 1930 e 1976. Nos dois últimos, de 1966 e 1976, os militares estabeleceram regimes autoritários mais duradouros (25 anos, no total).
DITADURA MILITAR SANGRENTA
O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla ouve a sentença que o condenou a 50 anos de prisão pelo rapto de bebês no regime militar
Em 1966, o general Juan Carlos Onganía comandou o que denominou de “Revolução Argentina”. Diferentemente dos levantes anteriores, que instauraram governos provisórios, foi adotado o modelo de Estado autoritário. Três ditadores se sucederam no poder, até que a pressão popular levou à convocação de eleições presidenciais, com a vitória de Juan Domingo Perón, em 1973.
Três anos depois, em 14 de março de 1976, um novo golpe empossou o general Jorge Rafael Videla. Nos 17 anos seguintes, até 1983, quatro juntas militares comandaram o país. Foi a ditadura mais violenta da América Latina, com estimativa de 30 mil civis mortos na chamada “guerra suja”.
Principais características do regime militar no Brasil:
– Cassação de direitos políticos de opositores;
– Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição;
– Censura aos meios de comunicação;- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos);
– Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos sindicatos;
– Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada);
– Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar;
– Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime;
– “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.
Comparação
Muita gente faz comparação com a Argentina. Na verdade, é uma comparação indevida, porque, na Argentina, havia antes do golpe um movimento muito forte da luta armada da esquerda. Então, por incrível que pareça, o golpe de 1976 foi recebido, inclusive, com alívio pela população. As pessoas estavam extenuadas daquela sucessão de atos violentos do confronto entre a repressão, que começou antes do golpe, ainda no governo de Isabel Perón, e a esquerda revolucionária. Aqui não houve nada disso. No caso do Chile, realmente lá havia uma experiência socialista com o governo de Salvador Allende, o que também distingue bastante o golpe no Chile do caso brasileiro. Aqui nós não tínhamos nenhuma experiência socialista. O Goulart, inclusive, não tinha esse perfil ideológico. Então, são situações muito diferentes. A gente tende a vê-las como assemelhadas por causa da violência da ditadura, mas são casos completamente diferentes.
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