como Weber compreende e interpreta ética protestante e sua interferência no desenvolvimento do capitalismo
Soluções para a tarefa
Resposta: Para entender a conclusão chegada pelo sociólogo alemão Max Weber quanto a interferência das crenças protestantes no advento do capitalismo, precisamos entender um conceito de Desencantamento do Mundo: modo de enxergar o mundo pautado na razão e livre de superstições. Desse modo, Weber observa que as religiões protestantes, com destaque ao Calvinismo, apostam profundamente na racionalidade, evidenciada na ideia da Predestinação Absoluta. Tal concepção elaborada por João Calvino, diz que Deus predestina homens (denominado eleitos) para receberem a salvação no céu de maneira sagrada e irreversível, no entanto é possível coletar indícios de predestinação (que dirão se você vai ou não ao céu) durante a vida. Nesse viés, para João a maneira de alcançar essas "pistas" seria pelo modo de vida racional, metódico e isento de "paixões carnais". Para isso, é necessário uma ética de vida baseada no trabalho racional e metódico (o que Max Weber denomina de ética do trabalho); e a prosperidade material (econômica). É nesse âmbito que o sociólogo determina que tais religiões têm um grande estímulo na questão do trabalho e da consequente prosperidade material, já que a doutrina seguida pelos protestantes determina que só assim, é possível saber, mesmo que sem totais certezas, se você é ou não predestinado por Deus.
Resumo: A única forma de saber se você é predestinado ou não é por meio do trabalho e de uma vida racional, na qual se você tem prosperidade material, muito possivelmente é um predestinado (pois a prosperidade material acontece apenas àquele que foi predestinado por Deus). Assim, a ética protestante do estímulo ao trabalho, faz com que os seguidores da crença busquem uma forma de vida que lhes deem retorno material, de modo que mais tarde veio a se consolidar o Capitalismo.