Artes, perguntado por saulotalles123, 9 meses atrás

Como você acha que acontece a organização da atuação profissional dos teatros indigenas?

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Respondido por mariadudajll11
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Caderno do Professor - Teatro - 6º ano

Prezado Professor,

Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe

Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores

Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São

Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem

livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de

uma abordagem investigativa que requer conhecimento relativo à Linguagem do Teatro,

visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionados aos objetos de

conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o

desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta

etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.

Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações

sobre o teatro e um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

A Linguagem Teatral

Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de

significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos

visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e

sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que

utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de

alimentos conhecidos etc.) ou signos táteis (em que a realização cênica, – por meio de atores

ou de objetos cenográficos, estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).

As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,

propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,

reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se

articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriarem de suas

possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.

Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se

materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se

estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os

objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e

vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de um

discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.

Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só

verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de

significação para se elaborar uma escrita cênica.

As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro

encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um

determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a

iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou

um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele

encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas

atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se

voltar para um aspecto da linguagem, que será especificamente explorado naquele dia, e

estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo

tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.

Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar

tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a

dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula com o intuito de aprimorar a

aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar

a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,

com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A

avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,

efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o

mundo.

A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos

relacionados aos momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do processo,

torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os

debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.

Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o

professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à

diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro

rumo quando considerar necessário.

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