Geografia, perguntado por gabrielgomes2707, 8 meses atrás

Como viviam as tribos indígenas segundo os relatos de Hans Staden, Jean de Léry e Curt Unkel? *

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Respondido por lucimaraparecida348
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Resposta:

Índio: A palavra índio deriva do engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias, o "outro mundo", como dizia, na sua viagem de 1492. Assim, a palavra foi utilizada para designar, sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas;

Gentio: O coletivo gentio foi utilizado pelos jesuítas. Com o tempo, o vocábulo gentio ou pagão passou a significar o oposto de cristão, pois no entender dos padres, os gentios eram "governados pelo demônio";

Inimigos ou contrários: Expressão utilizada para diferenciar os nativos que não pertenciam aos grupos considerados pelos colonizadores como aliados;

Negros da terra ou negros brasis: Duas expressões utilizadas pelos grupos escravocratas para designar genericamente os índios e diferenciá-los dos negros da Guiné, outro termo genérico usado, no caso, para os africanos;

Índios mansos e índios bravos: No século XIX, surgiu uma nomenclatura mais simplificada para designar as populações nativas: índios mansos, isto é, controlados; índios bravos, a saber, hostis ou bárbaros.

Explicação:

As classificações dos grupos indígenas

Para identificar melhor os índios, os colonizadores os classificaram em Tupi (ou Tupinambá) e Tapuia.

Tupis designava os povos que, pela semelhança de língua e costumes, predominavam no litoral no século XVI.

Tapuias correspondia aos "outros" grupos. Isto é, aos que não falavam a língua que os jesuítas chamaram de "língua geral" ou "língua mais usada na costa do Brasil", como se expressou Anchieta, o primeiro a compor uma gramática da língua tupi.

Portanto, nunca houve um grupo cultural ou linguístico "tapuia". Este é um vocábulo tupi utilizado para designar os povos de outros troncos ou famílias linguísticas.

Essa classificação foi muito importante para o registro das informações sobre os índios produzidas pelos portugueses, franceses e outros europeus. Sem os relatórios dos colonizadores, as crônicas dos viajantes, a correspondência dos jesuítas e as gramáticas da "língua geral" e de outras línguas, quase nada se poderia saber sobre os nativos, sua cultura e sua história.

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