Como Vargas se utilizou da propagando no Estado Novo?
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Resposta:
INTRODUÇÃO
A propaganda não remete o consumidor a ações puramente racionais, conscientes ou objetivas. As escolhas causadas por ela são o produto das fantasias e desejos inconscientes construídos na mente dos consumidores pela idealização das mensagens publicitárias. Esse processo, que se compõe basicamente pela mensagem subliminar é largamente utilizado para criar e manipular a "vontade" do consumidor, pré-determinando suas escolhas.
As imagens e textos são dispostos com objetivo de disparar mecanismos de consumo fundados nas referências do desejo consumidor. Mas até onde vai este “poder” manipulador da propaganda?
O objetivo principal deste projeto é ressaltar a presença da mensagem subliminar nas peças publicitárias promovidas pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda criado por Getulio Vargas para censurar qualquer tipo de manifestação cultural e/ou artística veiculada na mídia), como forma de mascarar o governo praticado durante o Estado Novo. Além disso, busca-se através desta análise caracterizar o governo ditatorial de Vargas como sendo um modelo apoiado ou repugnado pelo povo.
Para tanto, compõem os objetivos específicos tópicos como: a mensagem subliminar, o Estado Novo, a funcionalidade da peça gráfica, bem como a relação existente entre eles.
Como fundamento do projeto pode-se citar a contribuição de alguns autores, tais como: Braga (2000) que vem falar sobre a constituição do campo da comunicação; França (2004) argumentando sobre as representações, mediações e práticas comunicativas; Gabrielle (2001) tratando o nacionalismo como identidade nacional; Levine (1980) que propõe uma reflexão sobre os anos críticos de Vargas, 1934 a 1938; Sodré (1998) que fala sobre o ufanismo; dentre outros.
Para se concretizar o objetivo da pesquisa, será utilizado como método a analise de peças publicitárias veiculadas entre 1934 e 1945 e que ajudem a constatar o apoio ou a repulsa do povo em relação á ditadura civil.
JUSTIFICATIVA
O processo comunicacional e a comunicação de massa, apesar de constituir um campo de estudo relativamente novo, começaram a se consolidar na América Latina a partir dos anos 70, são aspectos de interação social que são explorados há bastante tempo, inclusive por “governantes” brasileiros.
O Estado Novo instaurado no Brasil em 1937, e comandado por Vargas, é um dos inúmeros exemplos da importância da comunicação de massa e do discurso persuasivo. Pode se afirmar que o que ocorreu neste período foi a instituição de um governo ditatorial, aos moldes da Itália fascista, porém, apoiado pelo povo.
O discurso como forma de manipulação, se enquadra no estudo da comunicação como elemento dominador, persuasivo e inclusive ideológico. O discurso dominante verbaliza a fala, os princípios, os anseios e os ditames da oligarquia que detém o poder num determinado contexto. Qualquer discurso de um presidente, monarca, ditador ou ministro de Estado constituiria um exemplo de discurso dominante.
Jose Luiz Braga, tenta caracterizar o campo da comunicação da comunicação como sendo um terreno vazio,”...Sem outra existência senão pelo fato de que todas as disciplinas humanas e sociais tem alguma coisa a dizer sobre o tema.” Braga, (2000), ressalta também que por compartilharem um mesmo tema, as ciências podem se encontrar para trocar pontos de vistas pertinentes a cada uma delas
Sobre as conclusões de Braga (2000), pode-se afirmar ainda que a comunicação é uma questão tão ampla, que o seu objeto torna-se de certa forma inapreensível. A conclusão que se chega é que “tudo é comunicação”. Por outro lado, por ser objeto de todas as áreas e se apresentar em todas as laudas, a comunicação não está em lugar nenhum.
É interessante notar que o discurso político aos olhos da comunicação social, pode ser investigado como forma de conversação, dialogo, ou como forma de aproximação do emissor com o receptor.
Baseado nas definições, uma peça oratória destinada a um determinado público, pode fundamentar-se em aspectos sociais, psíquicos, interativos ou ideológicos, já que no ato da comunicação encontram-se implícitas várias ciências correlatas.
Getúlio Vargas, de acordo com a definição do estudo de comunicação, organizava trocas entre os seres humanos, através da co-participação e interação social. Mesmo que essas trocas favorecessem de forma desequilibrada os interesses envolvidos.