Geografia, perguntado por ma8iravitoz, 1 ano atrás

Como teria sido as viagens para martevenus e lua.

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Respondido por juliazfig2805
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Apesar de não se ouvir falar mais nada a respeito disso hoje em dia, no final da década de 1960 a NASA investigava a possibilidade de enviar missões tripuladas para Venus e Marte com tecnologia similar à que fez o homem pousar na Lua. A ideia era aproveitar o surto de interesse popular pelo espaço para ganhar financiamento do governo e, assim, lançar naves nas décadas de 1970 e 1980.

Porém, em 1965 houve um declínio no interesse popular pelas missões espaciais, bem como surgiu a necessidade de usar o dinheiro do governo em ações sociais e para financiar a Guerra do Vietnã. 

Preocupada com o seu futuro, a NASA criou o Apollo Applications Program, um programa para demonstrar maneiras de aplicar as tecnologias da era Apollo em missões de verdade, caso recebessem fundos para isso.

Como pretexto para continuar produzindo material para missões Apollo, o primeiro projeto sugerido foi criar uma estação orbital para o qual seriam mandadas naves. Como era muito vago e sem objetivo, a agência espacial recorreu à Bellcomm Inc., uma divisão da AT&T, estabelecida em março de 1962(vírgula) com a finalidade de ajudar a NASA a avaliar missões teoricamente e fazer análises independentes. A empresa propôs uma possível missão tripulada para Vênus e Marte.


Fonte da imagem: Divulgação/NASA

Viagem até Vênus


O dia 27 de agosto de 1962 marcou o primeiro lançamento da história de uma sonda para Vênus. A Mariner 2 passou a 33 mil quilômetros da superfície de Vênus em 14 de dezembro, antes de iniciar uma órbita heliocêntrica. A missão da sonda era apenas de sobrevoo, não envolvendo uma exploração completa.

Apesar disso, ela conseguiu descobrir a falta de um campo magnético forte em Vênus e a alta temperatura em sua superfície. A sonda Mariner 2 também descobriu que a radiação ao redor do planeta não é mais danosa do que a encontrada fora do campo magnética da Terra. Junto a esses fatos, havia a convicção de segredos escondidos dentro das nuvens do planeta (incluindo uma superfície para pousar), motivos suficientes para incentivar uma elaboração mais profunda do projeto.

De acordo com a Bellcomm, não seria preciso de muitas tecnologias novas para colocar a missão em prática. Usando o esquema modular da Apollo, a nave teria uma parte para pousar, uma unidade de propulsão e um módulo de comando para retornar à Terra. Assim, além de descartar as peças quando não fossem mais necessárias, tudo caberia em apenas um foguete de lançamento, o Saturn V. Inclusive a ideia era reutilizar dois dos módulos usados na missão lunar – a diferença seria apenas adicionar proteção extra para a entrada na atmosfera.


Fonte da imagem: Divulgação/NASA

O computador do Módulo de Comando e Serviço (CSM) da Apollo seria reutilizado também, apenas sendo preciso alterar sua trajetória da Lua para um sobrevoo sobre Vênus. Além de servir como controle de navegação, o CSM também seria o centro primário de comunicações e teria função crítica ao reentrar na Terra, pois seria o único módulo capaz de funcionar à bateria. E ainda, o CSM poderia ser usado como proteção no caso de o lançamento do foguete ser abortado, também contando com 60 dias de ração, caso pousasse no meio do deserto.

Porém, como o CSM era pequeno demais para uma missão prolongada, a ideia era remover o veículo do projeto original para aumentar o espaço (o anexo seria mandado em outro foguete, sendo preciso uni-lo ao módulo), criando o ESM. A ponta do foguete seria o último pedaço, o SIV-B. Contudo, ele não seria largado após o lançamento, pois contaria com espaço adicional e teria painéis de captação solar para gerar energia. Todos os módulos seriam reforçados para aguentar minimeteoritos, asteroides e radiação solar.

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