Como tem sido a evolução da gonorreia nas últimas décadas?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), anualmente 78 milhões de pessoas são diagnosticadas com gonorreia no mundo inteiro, o que a torna uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns.
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, e um dos sintomas mais claros é a produção de corrimentos nas mucosas infectadas, na vagina, no pênis ou no ânus, por exemplo. Quando não é tratada, ela pode gerar infecções mais graves e gerar complicações no sistema reprodutivo, especialmente de mulheres. Há também casos que não apresentam sintomas da infecção, o que facilita sua transmissão.
Normalmente, ela tem um tratamento relativamente simples: uma aplicação única de antibióticos. Mas a bactéria tem uma capacidade especialmente alta de desenvolver resistência e atualmente há apenas três tipos de antibióticos capazes de combatê-la: azitromicina, ciprofloxacina e antibióticos da classe das cefalosporinas de espectro estendido, que geralmente são utilizadas como último recurso.
No dia 7 de julho de 2017, a OMS alertou sobre a propagação de variedades de gonorreia que têm resistência até mesmo a essas drogas. Em três casos, um na Espanha, um no Japão e um na França, nenhum antibiótico foi capaz de tratar a infecção por Neisseria gonorrhoeae. Esse tipo de bactéria resistente é frequentemente apelidado de “superbactéria”.
Isso significa que os tratamentos mais usados estão se tornando menos efetivos e que há sinais de que casos de gonorreia não tratável podem se propagar no futuro, o que pode vir a representar um desafio à saúde pública.