como surgiu o conceito de idade media?
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O que chamamos de Idade Média é o período compreendido entre a deposição do último soberano do Império Romano do Ocidente, Rômulo Augústulo (476, século V), até a conquista da cidade de Constantinopla, pelos turcos (1453, século XV), pondo fim ao Império Bizantino.
Esse período, pelas inúmeras invasões territoriais, frequentes guerras e ampla intervenção da Igreja ficou conhecido pelos renascentistas, no século XVI, como a “Idade das Trevas”, a “Idade da Fé” ou a “Espessa noite gótica”. O termo “Idade Média” vem do latim medium aevo. Durante o século XV, o humanismo dividiu o latim em três categorias: latim clássico, latim bárbaro e latim dos humanistas. Mas entre o latim clássico e sua redescoberta, existiu um latim que fugiu dos padrões da Antiguidade Clássica, chamado latinitas media. A expressão medievo, período compreendido entre os séculos V e XV, surgiu deste latim.
No século XVI alguns pensadores teorizaram a Idade Média como um período decadente. Uma fase da História em que, por conta da interferência religiosa, a ignorância predominou. No século seguinte a Idade Média começou a ter seu valor reconhecido. A Europa vivia um período conhecido como Romantismo, época em que a sensibilidade aflorou. Os românticos buscavam uma identidade nacional e uma maior aproximação do passado com o intuito de entender melhor seu presente.
Mas foi no século XX que a Idade Média foi reconhecida como um período de descobertas que transformaram nosso meio. Além de ser a origem de nossa miscigenação (através da mescla de valores da sociedade antiga com os povos germânicos), segundo Jacques Le Goff (em seu livro “Para um novo conceito de Idade Média”. Lisboa: editorial Estampa, 1980, p. 12.), foi na Idade Média que surgiu a sociedade moderna, que criou “a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a consciência e, finalmente, a revolução”.
A Idade Contemporânea procurou (e procura) investigar os fatos sem julgá-los. A História evoluiu, deixando de privilegiar biografias e elites, para explorar costumes, crenças, festas, vida cotidiana, entre outros. Em 1929, na França, a fim de estudar uma “Nova História”, Marc Bloch e Lucien Febrve criaram uma revista que reformulou nossa historiografia e influenciou um grupo de historiadores franceses a estudar a maneira de pensar dos homens. A “História das Mentalidades”, como é conhecida, examinou fontes literárias, arqueológicas e artísticas pouco exploradas referentes à Idade Média e foi responsável por seu novo conceito.
Esse período, pelas inúmeras invasões territoriais, frequentes guerras e ampla intervenção da Igreja ficou conhecido pelos renascentistas, no século XVI, como a “Idade das Trevas”, a “Idade da Fé” ou a “Espessa noite gótica”. O termo “Idade Média” vem do latim medium aevo. Durante o século XV, o humanismo dividiu o latim em três categorias: latim clássico, latim bárbaro e latim dos humanistas. Mas entre o latim clássico e sua redescoberta, existiu um latim que fugiu dos padrões da Antiguidade Clássica, chamado latinitas media. A expressão medievo, período compreendido entre os séculos V e XV, surgiu deste latim.
No século XVI alguns pensadores teorizaram a Idade Média como um período decadente. Uma fase da História em que, por conta da interferência religiosa, a ignorância predominou. No século seguinte a Idade Média começou a ter seu valor reconhecido. A Europa vivia um período conhecido como Romantismo, época em que a sensibilidade aflorou. Os românticos buscavam uma identidade nacional e uma maior aproximação do passado com o intuito de entender melhor seu presente.
Mas foi no século XX que a Idade Média foi reconhecida como um período de descobertas que transformaram nosso meio. Além de ser a origem de nossa miscigenação (através da mescla de valores da sociedade antiga com os povos germânicos), segundo Jacques Le Goff (em seu livro “Para um novo conceito de Idade Média”. Lisboa: editorial Estampa, 1980, p. 12.), foi na Idade Média que surgiu a sociedade moderna, que criou “a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a consciência e, finalmente, a revolução”.
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