Como se sabe, os processos de
independência do Brasil e de
Angola foram bastante
diferentes entre si. Em nosso
país, a independência política
deu-se em termos de um
acordo, por meio do qual se
buscou conciliar formas típicas
da opressão colonial – como a
escravidão – e valores da
sociedade moderna
importados da Europa, como
liberdade e cidadania.
Já no caso angolano, a
conquista da independência,
em 1975, fui fruto de catorze
anos de guerra em que
parcelas importantes da
população estiveram direta ou
indiretamente envolvidas. Essa
realidade de luta e
reinvindicação foi
sistematicamente focalizada
pela literatura, que contribuiu
para a construção da ideia de
nação independente.
Ao lado, você lerá um
fragmento do romance Yaka,
angolano Pepeteta, que
desenvolve um projeto
literário voltado para a
reconstrução da história de
seu país. O texto apresenta o
diálogo entre o jovem casal de namorados Nízia e Joel, que conversam sobre o fato de suas famílias
decidirem abandonar a cidade de Luanda às vésperas da independência política do país, em 1975.
As falas de Joel traduzem a ideia de construção de uma nação independente. De acordo com a leitura do
diálogo do casal, pode-se afirmar que
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