Como se recompos estrutura produtiva baseada no trabalha escravo?
Soluções para a tarefa
O tema da transição do trabalho escravo para o livre na Província de São Paulo foi alvo de investigações de inúmeros historiadores brasileiros e brasilianistas, que enfocaram a grande propriedade agroexportadora escravista, e a luta dos fazendeiros pela implantação de uma política imigrantista subsidiada pelo Estado que viabilizasse a introdução de milhares de famílias imigrantes européias para trabalhar nas lavouras de café. Este foco de estudo levou ao prevalecimento da tese de que a Província de São Paulo foi exceção em relação a Províncias como Minas Gerais e Rio de Janeiro, cujo mercado de mão-de-obra foi formado a partir do recurso a trabalhadores nacionais livres e libertos.
Embora algumas pesquisas como a de Warren Dean, Rio Claro: um sistema brasileiro de grande lavoura (1977), e de Peter Eisenberg, O homem esquecido (1979) tivessem apontado para a importância e necessidade de se estudar o trabalhador nacional e a migração interna de trabalhadores livres para a Província de São Paulo, predominou a interpretação de que este segmento sofreu o preconceito e rejeição dos fazendeiros, que viram no imigrante europeu o modelo de trabalhador ideal. A vitória da política imigrantista articulada pelos cafeicultores do novo oeste paulista teria, assim, viabilizado a entrada de milhares de famílias imigrantes na Hospedaria dos Imigrantes em São Paulo, e o seu imediato engajamento no trabalho nas grandes propriedades.