como se pode explicar o uso do solo na América latina
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uso da terra
A América Latina e o Caribe têm as maiores reservas de terras cultiváveis no mundo. Cerca de 47% da região ainda estão cobertos de florestas, mas esse número diminui rapidamente por conta da expansão das terras agrícolas. Ao longo dos últimos 50 anos (1961-2011), a área agrícola na região aumentou significativamente: de 561 milhões para 741 milhões de hectares. A maior expansão ocorreu na América do Sul: de 441 milhões para 607 milhões de hectares.
Mas esse aumento de produção trouxe também a degradação do solo e das águas, a redução da biodiversidade e o desmatamento, seguindo uma lógica de mercado que ameaça não só a qualidade e a disponibilidade dos recursos naturais, mas também os meios de subsistência dos mais vulneráveis.
O uso da água
O manejo do solo pode impactar significativamente a quantidade e a qualidade da água disponível em uma bacia hidrográfica. As alterações no equilíbrio hidrológico são frutos do desmatamento, das mudanças no uso do solo e da cobertura vegetal, da exploração excessiva dos aquíferos e da drenagem dos corpos d'água naturais. Nas últimas três décadas, a extração de água foi duplicada na ALC, em um ritmo bem acima da média mundial. Nesta região, a agricultura e em particular a agricultura irrigada usa mais água, respondendo por 70% da extração desse recurso, seguida de 20% de uso doméstico e 10% usados pelo setor industrial. Vale a pena mencionar aqui que o solo é um excelente reservatório de água, o que confirma a importância do manejo integral do solo e da água.
Degradação e poluição do solo e da água
A degradação (física, química e biológica) do solo fica evidenciada pela redução da cobertura vegetal, diminuição da fertilidade e poluição do solo e da água. Como consequência há um empobrecimento das culturas. No mundo, 14% da degradação ocorre na ALC, sendo mais grave na Mesoamérica onde afeta 26% das terras. Na América do Sul a degradação afeta 14% das terras. As principais causas da degradação são a erosão pela água, o uso intensivo de agrotóxicos e o desmatamento. Na ALC quatro países têm mais de 40% de seu território degradado e 14 países têm entre 20% e 40 % do território nacional degradado.
Na região os dois problemas básicos associados aos recursos hídricos são: diminuição da disponibilidade da água e perda de qualidade. A diminuição da quantidade de água (degradação quantitativa) ocorre quando há alterações no equilíbrio hídrico e usa-se mais água do que há disponível. A perda de qualidade (poluição) acontece quando as propriedades da água são prejudicadas pelo entorno e microorganismos. A perda ocorre pela falta de tratamento de águas residuais, uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos, irrigação excessiva e a poluição causada pelo uso na indústria, na mineração ou para fins energéticos.
A degradação está também associada à pobreza e à dificuldade de acesso a terras e aos recursos hídricos. Os agricultores pobres têm menos acesso à terra e à água, cultivam solos empobrecidos e muito vulneráveis à degradação. No mundo, 40% das terras mais degradadas ficam em áreas com altos índices de pobreza.
As mudanças climáticas como fator de risco para a degradação dos solos na ALC
As mudanças climáticas alteram o comportamento das chuvas e temperaturas e há projeções para a região de alterações relevantes nos ecossistemas agrários como são atualmente conhecidos. Na ALC, as mudanças nos padrões de precipitação, temperaturas máximas, mínimas e médias afetarão o desempenho das lavouras de alimentos básicos, como o trigo, arroz e feijão, gerando pressão sobre as áreas não agrícolas para transformá-las em áreas para a produção de alimentos. Tal fato junto com o crescimento projetado da população mundial e a correspondente demanda por alimentos, fazem das mudanças climáticas um risco adicional para a degradação do solo e da água, devido à expansão das áreas de cultivo e da intensificação da produção. Por exemplo, espera-se que em meados do século haja uma substituição gradual da floresta tropical por savanas no leste da Amazônia, e no semi-árido a vegetação deverá ser substituída por vegetação de áreas áridas, devido ao aumento da temperatura e diminuição da água no solo.
A América Latina e o Caribe têm as maiores reservas de terras cultiváveis no mundo. Cerca de 47% da região ainda estão cobertos de florestas, mas esse número diminui rapidamente por conta da expansão das terras agrícolas. Ao longo dos últimos 50 anos (1961-2011), a área agrícola na região aumentou significativamente: de 561 milhões para 741 milhões de hectares. A maior expansão ocorreu na América do Sul: de 441 milhões para 607 milhões de hectares.
Mas esse aumento de produção trouxe também a degradação do solo e das águas, a redução da biodiversidade e o desmatamento, seguindo uma lógica de mercado que ameaça não só a qualidade e a disponibilidade dos recursos naturais, mas também os meios de subsistência dos mais vulneráveis.
O uso da água
O manejo do solo pode impactar significativamente a quantidade e a qualidade da água disponível em uma bacia hidrográfica. As alterações no equilíbrio hidrológico são frutos do desmatamento, das mudanças no uso do solo e da cobertura vegetal, da exploração excessiva dos aquíferos e da drenagem dos corpos d'água naturais. Nas últimas três décadas, a extração de água foi duplicada na ALC, em um ritmo bem acima da média mundial. Nesta região, a agricultura e em particular a agricultura irrigada usa mais água, respondendo por 70% da extração desse recurso, seguida de 20% de uso doméstico e 10% usados pelo setor industrial. Vale a pena mencionar aqui que o solo é um excelente reservatório de água, o que confirma a importância do manejo integral do solo e da água.
Degradação e poluição do solo e da água
A degradação (física, química e biológica) do solo fica evidenciada pela redução da cobertura vegetal, diminuição da fertilidade e poluição do solo e da água. Como consequência há um empobrecimento das culturas. No mundo, 14% da degradação ocorre na ALC, sendo mais grave na Mesoamérica onde afeta 26% das terras. Na América do Sul a degradação afeta 14% das terras. As principais causas da degradação são a erosão pela água, o uso intensivo de agrotóxicos e o desmatamento. Na ALC quatro países têm mais de 40% de seu território degradado e 14 países têm entre 20% e 40 % do território nacional degradado.
Na região os dois problemas básicos associados aos recursos hídricos são: diminuição da disponibilidade da água e perda de qualidade. A diminuição da quantidade de água (degradação quantitativa) ocorre quando há alterações no equilíbrio hídrico e usa-se mais água do que há disponível. A perda de qualidade (poluição) acontece quando as propriedades da água são prejudicadas pelo entorno e microorganismos. A perda ocorre pela falta de tratamento de águas residuais, uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos, irrigação excessiva e a poluição causada pelo uso na indústria, na mineração ou para fins energéticos.
A degradação está também associada à pobreza e à dificuldade de acesso a terras e aos recursos hídricos. Os agricultores pobres têm menos acesso à terra e à água, cultivam solos empobrecidos e muito vulneráveis à degradação. No mundo, 40% das terras mais degradadas ficam em áreas com altos índices de pobreza.
As mudanças climáticas como fator de risco para a degradação dos solos na ALC
As mudanças climáticas alteram o comportamento das chuvas e temperaturas e há projeções para a região de alterações relevantes nos ecossistemas agrários como são atualmente conhecidos. Na ALC, as mudanças nos padrões de precipitação, temperaturas máximas, mínimas e médias afetarão o desempenho das lavouras de alimentos básicos, como o trigo, arroz e feijão, gerando pressão sobre as áreas não agrícolas para transformá-las em áreas para a produção de alimentos. Tal fato junto com o crescimento projetado da população mundial e a correspondente demanda por alimentos, fazem das mudanças climáticas um risco adicional para a degradação do solo e da água, devido à expansão das áreas de cultivo e da intensificação da produção. Por exemplo, espera-se que em meados do século haja uma substituição gradual da floresta tropical por savanas no leste da Amazônia, e no semi-árido a vegetação deverá ser substituída por vegetação de áreas áridas, devido ao aumento da temperatura e diminuição da água no solo.
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