como se encontra a África no desafio do mercado de trabalho
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Resposta:
A África Austral tem registado um crescimento económico
regular desde o ano 2000, mas a sua sustentabilidade
continua a ser um desafio. O crescimento real do Produto
Interno Bruto (PIB) foi de 5.2% por ano, entre 2000 e 2008,
mas abrandou para 2.6%, entre 2009 e 2016. A volatilidade
dos preços das matérias-primas e o investimento no setor
extrativo prejudicaram significativamente este desempenho.
O valor acrescentado da indústria transformadora na
região caiu de 18.2% do PIB, no ano 2000, para 12.6% em 2015.
Vários países dependem fortemente do setor de mineração
que é volátil e cria poucos empregos. Noutros países,
predomina a agricultura de subsistência. O IDE na região está,
cada vez mais, a transitar para a indústria transformadora
e os serviços, de forma a tirar partido do crescimento dos
mercados internos. O desafio reside na facilitação de fortes
ligações e transferência de conhecimento entre investidores,
empresas e fornecedores locais, para melhorar as suas
capacidades e criar emprego local.
O emprego continua a ser um dos principais desafios na
África Austral: estima-se que, entre 2015 e 2030, 1.1 milhões
de pessoas entrem anualmente no mercado de trabalho. A
fraca criação de emprego, a inadequação de competências e
os obstáculos à criação ou ao crescimento de novos negócios
têm contribuído para taxas de desemprego entre 15% e 35%
nos países membros da SACU. Noutros locais, a maioria
dos trabalhadores está em situação de subemprego ou de
pobreza, maioritariamente no setor agrícola ou em serviços
de baixo valor acrescentado.
A África Austral carateriza-se por altos níveis de
desigualdade de rendimentos, situando-se nesta região
seis dos dez países no mundo com maior desigualdade.
A desigualdade de género continua a ser um obstáculo
significativo, embora a África Austral tenha melhor
desempenho relativamente a outras regiões africanas. A
taxa de desemprego é geralmente maior entre mulheres
do que entre homens. Além disso, mesmo entre os jovens
a disparidade de género na participação no mercado de
trabalho continua a ser elevada. As despesas sociais e o
crescimento estável ajudaram a reduzir os níveis de pobreza
extrema, mas esta ainda afeta 35.6% da população nesta
região. A maioria da população rural ainda não tem acesso
a serviços básicos como eletricidade, água e saneamento,
o que cria uma grande desigualdade de oportunidades em
comparação com a população urbana.
Espero ter ajudado!!