COMO SE DEU O PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL NO SECULO XX
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As consequências das mudanças econômicas e sociais trazidas pela Revolução de 1930 refletiram-se no planejamento urbano no Brasil, na medida em que surge a necessidade de reprodução do capital imobiliário na cidade, ou seja, a cidade passa a ser vista como força de produção.
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Bons estudos!
A urbanização das cidades brasileiras se concentrou principalmente nas últimas décadas, mas o processo teve início ainda no final do século XIX (Foto: Daniel Hunter/WRI Brasil)
Que imagens vêm à nossa cabeça quando pensamos nas grandes cidades do país e na urbanização brasileira? Talvez de congestionamentos, poluição, falta de segurança, ruídos. Talvez de pessoas indo e vindo. Pedestres. Bicicletas. Ônibus. Afinal, oito em cada dez de nós, brasileiros e brasileiras, vivemos em áreas urbanas. Áreas essas que passaram por uma urbanização acelerada: nas últimas seis décadas, passamos de 70,2 milhões para 209,3 milhões, e a população urbana subiu de 44% para os atuais 85%.
A ideia de que as cidades brasileiras não foram planejadas é falsa. As cidades foram, sim, planejadas. O que vimos ao longo da história, porém, foi um crescimento da população urbana que não foi acompanhado no mesmo ritmo por infraestruturas e serviços capazes de atender a esse contingente. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento se deu em alguns momentos sem a devida prioridade ao que deve ser o foco do planejamento urbano: o uso e a ocupação do território urbano de forma eficiente e sustentável.
A maior parte das médias e grandes cidades concentrou seu crescimento entre as décadas de 1950 e 1980, fazendo dos últimos 60 anos o grande período de urbanização no Brasil. O processo, contudo, teve início muito tempo antes, ainda no final do século XIX. Até o momento que vivemos hoje, o planejamento urbano no Brasil percorreu uma trajetória variada: desde modelos de inspiração europeia, passando por documentos extensos e tecnocratas, até planos que sequer apresentavam mapas da cidade.
Conheça a seguir, conforme a divisão de Flávio Villaça*, as fases da urbanização brasileira.
<p>infografico história da urbanização brasileira (Arte: Daniel Hunter/WRI Brasil)</p>
(Arte: Daniel Hunter/WRI Brasil)
1ª fase | 1875 - 1930 | Planos de embelezamento
Planos baseados na tradição europeia, que tinham como objetivo o dito “embelezamento” das cidades. Na prática, isso significava ruas mais largas e a população e as habitações de baixa renda sendo empurradas para áreas distantes da região central. Geralmente as intervenções ficavam restritas a áreas específicas da cidade, como o centro.
A fase foi marcada pela chamada política de “higienismo” – acabar com os cortiços e deixar a cidade mais “bela” com base em modelos europeus. No Rio de Janeiro, por exemplo, a referência era a Paris de Haussmann, e o processo deu início ao crescimento da cidade informal, com a ocupação dos morros pela população mais pobre. Nessa época, ainda não havia uma denominação formal de “planejamento urbano” ou estruturas formais com esse fim na administração pública – o período foi marcado pela necessidade de rompimento com o passado colonial e a adesão ao “moderno”.
2ª fase | 1930 - 1965 | Planos de conjunto
Os planos passam a olhar para a cidade de forma mais ampla, preocupando-se com diretrizes válidas para todo o território e não apenas determinadas regiões. Entram aqui os zoneamentos, a legislação sobre uso e ocupação do solo e a articulação dos bairros com o centro a partir de sistemas de transporte.
É quando começa a se falar em “caos urbano”, crescimento desordenado e a necessidade de planejar as cidades de forma mais consistente. Surgem iniciativas como o Plano de Avenidas, de São Paulo, e o Plano Agache, no Rio de Janeiro, que abordam diversos aspectos do ambiente urbano, como legislação urbanística, habitação, ordenamento territorial.
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