Filosofia, perguntado por valderlene177037, 10 meses atrás

Como se deu o contexto histórico da filosofia contemporânea?

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Respondido por kauane11
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Durante o Iluminismo, no fim da modernidade, havia uma crença comum de que o avanço das ciências, das técnicas e do conhecimento aliados à popularização desse conhecimento por meio da educação, trariam o avanço moral da sociedade.  

O positivismo de Auguste Comte permanece, de certo modo, numa linha iluminista, mas acrescenta a necessidade de um conhecimento estritamente científico e de uma rigorosa ordem social para o avanço social.  

Discordando de algumas ideias iluministas que se fundem para iniciar o pensamento liberal e concordando com outras, como o ideal da igualdade entre os homens amplamente difundido durante a Revolução Francesa, Marx fundamenta o socialismo científico com base em um pensamento político prático e revolucionário.  

Em termos práticos, as revoluções políticas trouxeram um novo modo de governar, afastando o autoritarismo do Antigo Regime, enquanto a Revolução Industrial representou um imenso avanço técnico e científico para a Europa.  

filósofo alemão Arthur Schopenhauer, opondo-se à visão idealista e aos sistemas totalizantes da razão moderna, que pretendiam enquadrar o ser humano em um molde inteiramente racional, lança o conceito de Vontade como uma força motriz da natureza que tudo causa, ao acaso, independentemente de qualquer vontade humana e de qualquer existência divina.  

Kierkegaard lança a ideia de que a Filosofia deve prestar atenção à vida individual humana, para que o próprio ser humano entenda e se conforme com a sua condição, muitas vezes permeada pela angústia.  

De todos os pensadores que marcaram o início da contemporaneidade, talvez esteja em Friedrich Nietzsche a maior ruptura com a filosofia tradicional e uma grande enunciação do que viria no século XX.  

Além da crítica à teoria do conhecimento e a fundação de um novo método filosófico para entender o mundo, Nietzsche elabora uma crítica aos sistemas morais que pretendem estabelecer uma valoração unilateral e desprezam a origem histórica e cultural dos valores morais.  

Em meio ao avanço técnico e às novas maneiras de explicar a realidade, o pensamento ocidental foi se estabelecendo como um mote para o desenvolvimento futuro, apesar de filósofos como Nietzsche duvidarem do suposto progresso alavancado pela modernidade, que atingiria seu ápice no século XIX.  

O capitalismo já vinha se utilizando da racionalidade como instrumento de poder e o nazismo, por meio da câmara de gás e dos experimentos científico cruéis que utilizavam prisioneiros de campos de concentração como cobaias, marcaram a contemporaneidade como uma época em que o avanço científico não garantiu o avanço moral humano.

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