Como se deu a aculturação dos indígenas no período do primeiro governo-geral?
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HISTÓRIA DO BRASIL
Governo geral - Tomé de Sousa organiza a administração da colônia
Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação
(Atualizado em 26/06/2014, às 17h30)
Teste seus conhecimentos sobre o Brasil colonial
Teste seus conhecimentos sobre o Governo Geral e as capitanias
Devido aos resultados insatisfatórios do sistema de capitanias hereditárias, a Coroa portuguesa decidiu estabelecer um Governo geral no território brasileiro.
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Com a missão de restabelecer o domínio português sobre toda a extensão da colônia e defender os estabelecimentos lusitanos, tanto dos corsários franceses quanto dos índios hostis, o primeiro governador-geral Tomé de Sousa chegou à Baía de Todos os Santos em 29 de março de 1549, com uma expedição formada por cerca de 1.000 homens.
Além de colonos propriamente ditos, parte deles estava destinada a integrar as entidades administrativas a serem aqui implantadas. Ao longo do tempo, as vilas e cidades constituíram seus governos, as Câmaras municipais, formadas por quatro vereadores e um juiz, todos escolhidos entre os grandes proprietários de terras. As Câmaras desfrutaram de grande autonomia, chegando a mandar representantes próprios para a Corte, em Lisboa, ou ainda a opor-se ao governo geral.
Com o fracasso do empreendimento do donatário Francisco Pereira Coutinho, a capitania da Bahia foi retomada pela Coroa portuguesa, mediante pagamento de indenização. Tornou-se a sede do governo geral ou, em outras palavras, a capital da colônia.
A cidade do Salvador
Levando em conta necessidades defensivas, o Governador escolheu uma colina na enseada da Barra (onde hoje se localiza o bairro da Vitória) para fundar a cidade-fortaleza de Salvador. Ao longo de quatro meses, construiu-se uma muralha de taipa dotada de quatro torres com artilharia e, em seu interior, uma centena de casas que abrigariam os moradores e os órgãos governamentais e eclesiásticos.
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Para a empreitada da construção da cidade e da implantação de fazendas ao seu redor, Tomé de Sousa tratou de promover imediatamente acordos de paz com os indígenas, contando com o apoio de Diogo Álvares Correia, um náufrago que se estabelecera entre os índios do local, em 1510, exercendo sobre eles um papel de influência.
Como garantia da convivência pacífica com o índio, Tomé de Sousa restabeleceu a prática do escambo e restringiu a escravidão, limitando-a às tribos que resistiam à colonização. Mais uma vez, por meio da troca de mercadorias, os portugueses conseguiram que os índios lhes fornecessem mão-de-obra e alimentação.
Jesuítas
O trabalho de pacificação dos indígenas contou também com a participação decisiva de seis padres jesuítas que chegaram juntamente com o Governador-geral, sob a liderança de Manoel da Nóbrega.
Ordem religiosa fundada em 1540, a Companhia de Jesus tinha entre seus objetivos principais a expansão do cristianismo nas colônias ultramarinas espanholas e portuguesas.
No Brasil, seus missionários encarregaram-se da catequese dos índios, convertendo-os à religião cristã, ao mesmo tempo em que os adaptavam a um novo modo de vida, constituído de acordo com os critérios e padrões do colonizador europeu.
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Para isso, os jesuítas trataram de agrupar as tribos dispersas e semi-nômades em "reduções", isto é, aldeias organizadas para fixá-los em locais determinados, sob a supervisão dos padres e a autoridade do governo geral. Assim, os portugueses conseguiram se impor na região da Bahia e, ao longo dos cinco anos seguintes, estender seu domínio sobre o litoral nordestino como um todo.
Progressivamente, a cultura da cana-de-açúcar substituiu a extração do pau-brasil, tornando-se a principal atividade econômica da região. Fazendas e engenhos foram se espalhando ao longo da costa do Nordeste, do sul da Bahia ao norte de Pernambuco.