Como se configurou o Estado brasileiro pós-imperial?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Dom Pedro II, Imperador do Brasil e a família imperial fotografada por Otto Hees. 1889.
Da esquerda para a direita: a imperatriz Dona Teresa Cristina, D. Antônio, a princesa Isabel, o imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde d'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará).
Em 1880, a figura de D. Pedro II cada vez mais se distanciava do altivo imperador dos anos anteriores. Neste período, muito doente e cansado, o monarca era frequentemente visto como uma figura moribunda. Suas sonecas em aparições públicas, principalmente nos teatros, rendiam charges e comentários na imprensa oposicionista.
Naturalmente, essa visão de um monarca frágil era constantemente associada a própria fraqueza do império e do Estado brasileiro. A debilidade do imperador, assim, mobilizava grupos que já desejavam assumir o poder, sobretudo com a proclamação da república.
Pedro II, em vida, viu três de seus filhos morrerem, em 1847, 1850 e 1871, os bebês herdeiros Afonso e Pedro Afonso e a filha Leopoldina. Sem expectativas de um filho homem assumir o trono, restaria a Isabel a importante missão de prosseguir com o império até a maioridade de seu filho.
Entretanto, neste cenário, a posse de Princesa Isabel era temida por liberais e conservadores, já que ela era criticada por:
ser uma princesa muito beata e conservadora.
seu casamento com o francês Gastão de Orléans, o Conde D’Eu, o que entregaria o trono para um estrangeiro.
ser mulher.
Uma das opções ventiladas, inclusive entre republicanos, era o apoio ao jovem príncipe Pedro Augusto. Filho de Leopoldina e o neto favorito de Pedro II, o jovem chegou a mobilizar apoio para um possível golpe. O interesse de Pedro Augusto pelo trono e o apoio de políticos, naturalmente gerou uma disputa interna pela sucessão.
Antes mesmo da morte do velho D. Pedro II, seu trono já estava em debate. Deste modo, a continuidade do império ou a proclamação da república se colocava em questão desde 1880. Neste cenário, enfim, uma sucessão com o chamado “Príncipe Conspirador” parecia muito mais bem vista do que com a “princesa beata”.
3 – A crise do 2º Reinado
3.1 – A crise econômica
Apesar da crescente dívida externa, os primeiros anos do 2º Império experimentaram certa estabilidade política e econômica. Essa conjuntura permitiu:
Um funcionamento estável do parlamento;
A eliminação das revoltas;
Um surto industrial, na chamada Era Mauá;
O sucesso do café.
Tendo em vista as instabilidades europeias com as revoluções, a aparente estabilidade brasileira atraiu muitos imigrantes na segunda metade do XIX. Sendo a maioria deles destinados aos trabalhos nas crescentes lavouras paulistas.
Contudo, a ilusão de um cenário estável logo ganhou outros contornos a partir de 1864, com a Guerra do Paraguai. O conflito brasileiro contra o país de Solano López se estendeu por seis anos, exigindo gastos exorbitantes com equipamentos militares e deslocamento de tropas.
A crise econômica que se instalou e a dívida externa por conta dessa guerra tiveram um impacto considerável no aumento da inflação. Os problemas financeiros do império foram tão grandes, que até mesmo a república, proclamada quase 20 anos depois, ainda herdaria essa crise.
Explicação:
espero ter lhe ajudado