História, perguntado por carolinifrutas2020, 9 meses atrás

como são os custumes funerários na maioria das regiões da África Ocidental???​

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Respondido por dioneslenhardt
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Resposta:O surto de Ebola na África Ocidental, além de causar mortes e desestabilizar países inteiros, está obrigando famílias a abrir mão de rituais próprios em nome da segurança.

Desde que o vírus começou a se alastrar pela região, em março, a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras vêm protagonizando esforços para dar um destino seguro para os corpos das vítimas que morrem contaminadas.

Diferentemente de outras enfermidades, o risco de transmissão do vírus permanece mesmo alguns dias após a morte do paciente.

Entretanto, o trabalho da Cruz Vermelha e dos Médicos sem Fronteiras não tem sido fácil por causa das práticas das culturas locais.

Em um enterro tradicional em comunidades africanas, familiares ficam incumbidos de lavar o corpo do morto e envolvê-lo em panos.

Parte dos ritos funerários de algumas regiões afetadas pelo surto segue o que milenarmente é feito. As pessoas usam suas próprias mãos para preparar o corpo, velar o corpo e até mesmo enterrar, explica a professora Leila Hernandez, coordenadora da área de África do Departamento de História da Universidade de São Paulo, em entrevista ao Brasil Post.

Resistindo às orientações dos médicos, algumas famílias escondem os corpos das vítimas e promovem enterros clandestinos de madrugada. Com isso, o vírus se dissemina ainda mais.

Quando as pessoas fazem enterros clandestinos, significa que os encarregados do enterro têm altas chances de terem sido contaminados. A casa toda precisa ser desinfetada, e as pessoas colocadas em isolamento, recomenda Benoit Carpentier, da Cruz Vermelha Internacional, em entrevista ao Brasil Post.

Em outro caso, um povoado inteiro impediu a entrada de equipes de saúde que iriam recolher corpos contaminados com o Ebola.

Há muitas comunidades que não acreditam que o Ebola é real e continuam com o costume local de preparar, por conta própria, os corpos para serem enterrados, disse Daniel James, líder da equipe de manejo de corpos da Cruz Vermelha em Serra Leoa.

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