Filosofia, perguntado por leylanemartins70, 8 meses atrás

como Rousseau, Locke e Hobbes abordam o contrato social?

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Respondido por juliagtflores
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O contrato social para os três contratualistas foi firmado para formar a sociedade civil e garantir a proteção e segurança de um grupo.

Para Hobbes o homem é naturalmente mau, e por isso no Estado de Natureza vive em constante guerra com os outros indivíduos, o que não permite que os homens se desenvolvam uma vez que vivem na insegurança, com medo e tem pouca expectativa de vida. Desse modo, Hobbes discorre acerca da necessidade de se firmar um pacto social entre os indivíduos para formar um governo que os proteja dessas inseguranças. Os indivíduos que celebram o contrato abdicam de todos os seus direitos naturais e os entregam para uma terceira pessoa, o soberano. Por ser um grande defensor do absolutismo, Hobbes diz que o soberano não participa do pacto e por isso possui um poder quase ilimitado, é ele que constrói as leis.

Locke, porém, não vê o Estado de Natureza como um Estado de Guerra, pois para ele o homem vive em liberdade onde a paz e a igualdade vigoram. Porém, com o advento da propriedade privada da qual todos os homens possuem um direito natural, se desenvolve uma insegurança entre os homens, uma vez que não há juiz comum para julgar as desavenças e punir quem transgrediu alguma norma, pois também não existe um poder que faça e execute leis comuns a todos. É desse modo que os homens firmam um pacto. Todos os indivíduos celebram o contrato social como forma de proteção à propriedade, e transferem seus direitos naturais que se transformam em direitos políticos. Ao contrário de Hobbes, Locke afirma que o poder é limitado e dividido entre legislativo e executivo.

Rousseau acredita que o contrato social foi firmado para garantir a segurança da propriedade privada, contudo disserta que foi celebrado para garantir a segurança dos grupos que possuíam mais bens. Para esse contratualista, a propriedade privada dá início à desigualdade entre os homens. Os homens que participam do contrato social abrem mão de seus direitos, porém o povo ainda é o soberano, o povo é quem faz a lei e se dá inteiro à sociedade civil.

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