Como representa atualmente a ruralidade no brasil no aspecto socioeconômico?
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Por isso, analisaremos a emergência de se pensar uma nova ruralidade, na qual, o espaço rural não
se define mais exclusivamente pela atividade
agrícola. Para Carneiro (1998), a pluriatividade
emerge no contexto do campo pelo exercício de atividades não
-agrícolas e o desaparecimento do
agricultor em tempo integral.
Outra característica marcante na distinção tradicional entre o rural e o urbano pod
e ser feita pelas
características ambientais pelo grau de artificialização do ecossistema, ou seja, o predomínio de
duas características nos espaços rurais citadas por Sorokin et. al. (1986): das paisagens naturais
(ambientais) e da condição do pequeno agl
omerado populacional (tamanho das comunidades).
Para José Eli da Veiga (2007), a comparação ambiental e demográfica torna-
se equivocada para
caracterizar o ordenamento territorial, enquanto rural ou urbano, segundo seu grau de
urbanização, ou de manutenção
da ruralidade. Pois, as cidades necessitam da proximidade das
áreas rurais, assim como, as áreas rurais precisam das oportunidades e produtividades encadeadas
pelas cidades.
Porém, a delimitação dos espaços rurais e urbanos no Brasil remontam ao ordenamen
to
territorial, a definição físico
-geográfica, adotada nas décadas de 1940 e 1950, que demarca as
áreas rurais por oposição e exclusão às áreas consideradas urbanas. Isto posto, em um espaço de
características rurais pode
-se entender a ruralidade como a ca
pacidade de articulação entre os
diferentes agentes, ao entender que esse espaçoé essencialmente político, estratégico e
ideológico sendo um instrumento de poder (LEFEBVRE,1994).
Nesse sentido, a configuração urbano
-rural é resultado da formação econômica e social brasileira,
que constitui a base desses espaços, que remontam ao período colonial, e a não compreensão
dessa configuração pode gerar distorções no planejamento e gestão das políticas públicas de
desenvolvimento rural (WANDERLEY, 2000).
O núcleo urbano, ou seja, a vila insere
-se no período colonial como instrumento de poder dos
representantes da Coroa Portuguesa e da elite local formada por estes e pelos proprietários de
terras e minas. Nasce desta elite uma relação muito particular baseada na domi
nação da vila como
organizadora da vida social, via a figura institucional das câmaras municipais -
responsáveis pela
cobrança de impostos e a distribuição de serviços públicos