Como profissionais da saúde e do bem-estar, devemos trabalhar focados nas políticas públicas para a promoção da saúde da comunidade em nossos atendimentos. A maioria dos tratamentos, não contemplam cuidados que promovem efetivamente a qualidade de vida de nosso paciente, como a utilização de medicamentos que muitas vezes são recursos que previnem as doenças, mas não promovem o bem-estar e a mudança de hábitos das pessoas para uma melhor qualidade de vida. Temos que exercer a escuta em nossos ambientes de trabalho. Nem tudo se resolve com medicamentos, dermocosméticos, procedimentos e afins. Não podemos ser profissionais que observam os fenômenos sociais, educacionais, psicológicos, culturais e comportamentais, exclusivamente como problemas de saúde que geram prescrição medicamentosas. A medicalização é um tema recorrente nas discussões dos profissionais da saúde, pois se relaciona com o processo que envolve o saber do profissional da saúde e do bem-estar sobre todos os aspectos do indivíduo e frequentemente, na prescrição e no uso indiscriminado e excessivo de remédios. Adaptado de Tesser C. D. ; Dallegrave D. Práticas integrativas e complementares e medicalização social: indefinições, riscos e potências na atenção primária à saúde. Cadernos de Sáude Pública. V. 36, n. 9, e00231519, 2020. Disponível em:
Soluções para a tarefa
Medicalização é um termo cunhado por Michel Foucault (1979, 2005) para enfatizar a influência da medicina em aspectos da vida. A medicina está começando a dominar a vida diária das pessoas através do estudo da saúde, tratamento e recuperação. A opção 2 está correta.
Medicalização na Sociedade
A medicina influencia o cotidiano das pessoas ao controlar a independência de escolha e, consequentemente, influenciando de forma autônoma e cada vez mais se apoiando em protocolos e comportamentos pré-estabelecidos.
As práticas complementares de saúde empregadas pelo SUS não são apenas tratamentos farmacológicos, mas também terapias alternativas para abordar não só a saúde física, mas também a saúde mental, para abordar os processos de saúde e doença de forma holística, é um meio.
No entanto, essas práticas não são gratuitas, mas requerem ajuda profissional.
Complemento do enunciado:
I. O autocuidado pode ser considerado autor referido, ou seja, quando o aprendizado não é incorporado no universo da família e passa a ser experimentado ou validado pela sociedade.
II. A medicalização não é considerada um problema no processo social e devido a isso o seu progresso na cultura ocidental ainda é subjetivo, intensificando somente no século XXI, com poucos agentes envolvidos.
III. A área das ciências da saúde se beneficia de conhecimentos milenares como as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que possuem potencial e saberes técnicos em saúde-doença e pode ser usada livremente como forma medicalizante ou desmedicalizante.
IV. O filósofo Michel Foucault, tratou da medicalização social em uma perspectiva ampla, investigando práticas e costumes relacionados a alguns séculos de história na Europa, referindo-se à “medicalização indefinida”, que significa a ampliação mais recente do escopo da biomedicina para “todo e qualquer aspecto da vida humana”.
Alternativas:
Alternativa 1: II, apenas.
Alternativa 2: IV, apenas.
Alternativa 3: I e III, apenas.
Alternativa 4: II e III, apenas.
Alternativa 5: I, II e III.
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