Como podemos caracterizar a expansão capitalista nesta era da globalização
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Resposta:
Nos dias de hoje o termo globalização nos parece muito comum convergeu - se em uma palavra da moda sendo muito utilizada em diversos tipos de contextos e aplicações possíveis. Achamos o conceito agradável e até mesmo bonito, mas o emprego da palavra e seus significados são em sua maioria amplos de mais e de modo muito generalizado.
A globalização como muitos de nós enxergamos hoje é como sendo algo realmente novo, moderno, fruto do bom progresso tecnológico/cientifico está distante de ser a realidade pronta e acabada, maravilhada por todos. A globalização pode ser sim, nova quanto à unificação de mercados, a utilização de amplos e avançados meios de comunicação e que levam a informação a uma velocidade espantosa. Surge assim um novo paradigma se levarmos em conta os novos e rápidos meios de transportes e uma economia interligada de forma ampla e geral com todas as casas monetárias do mundo.
Esse novo modismo conceitual, não é por assim dizer, um novo fenômeno, apesar de ter sido inventado em meados de 1985, talvez utilizado pela primeira vez por Theodore Levitt em seu livro A Globalização dos Mercados, onde o autor tenta caracterizar as profundas mudanças que tiveram lugar nas duas últimas décadas do século XX na economia internacional: a rápida e penetrante difusão mundial da produção, o consumo e a troca de bens, serviços, capital e a tecnologia, todas essas características que marcam ainda hoje nossa sociedade. Então o termo pode ser novo, a integração e interação de mercados, pessoas e continentes através da utilização das novas tecnologias e interesses industriais e mercados também, mas olhando de uma perspectiva histórica poderemos sutilmente observar que a globalização pode não ser um fenômeno tão novo o quanto pensamos.
Alguns especialistas consideram que a globalização já havia começado com as navegações do século XV, com a expansão de mercados e dominação de territórios estranhos com o surgimento na Europa de verdadeiras potências mercantis, bem como com os avanços tecnológicos necessários àqueles viajantes.
Sendo assim, Mike Featherstone nos propõe uma divisão interessante das “fases” dessa globalização que está inserida na história e que vem “evoluindo” durante o tempo. Distingue o capitalismo globalizado em cinco fases, a saber:
Fase I – A fase embrionária: que começa na Europa do século XV e vai até a metade do século XVIII, com “o crescimento incipiente das comunidades nacionais e a decadência do sistema `transnacional´ medieval. A teoria heliocêntrica do mundo e o começo da geografia moderna”, bem como “a difusão do calendário gregoriano.” (Featherstone, 1999 p. 34).
Fase II – A fase incipiente, que empreendeu principalmente a Europa desde do século XVIII até a década de 1870, com uma “mudança brusca em direção à idéia de Estado homogêneo, cristalização de conceitos de relações internacionais, de indivíduos padronizados como cidadãos, e um conceito mais concreto de humanidades”.(Featherstone, 1999 p.34-35).
Fase III – A fase da decolagem: se prolongando desde a década de 1870 até a metade da década de 1920.
Nesta fase acentua-se a concepção de “conceitos globais de uma sociedade nacional `aceitável´, com a “tematização de idéias relacionadas com identidades nacionais e pessoais...” tendo sido “aumentado muito acentuadamente em número e rapidez as formas globais de comunicação” entre outros. (Featherstone, 1999 p. 35).
Fase IV – A fase da luta pela hegemonia: fase esta que se estende desde p começo da década de 1920 até a primeira metade da década de 1960. Nesta fase se empreenderam “disputas e guerras em torno dos frágeis termos do processo de globalização” que haviam se estabelecido no final da fase anterior. Havendo também “conflitos internacionais a nível global em torno das formas de vida”. (Featherstone, 1999 p. 35).
E finalmente A fase V – A fase da incerteza, tendo seu inicio na década de 1960 e se estendendo até a década de 1990. Sendo as características desta fase a “inclusão do terceiro mundo e intensificação da consciência global no final da década de 1960. Acentuação dos valores ´pós-materialistas`. Fim da guerra fria e a difusão das armas nucleares. Aumento acentuado do número de institutos e movimentos globais. As sociedades enfrentam cada vez mais problemas de multinacionalidade e de politecnicidade. Direitos civis, interesse na sociedade civil mundial em na cidadania mundial. Consolidação do sistema global de mídia”.(Featherstone, 1999 p. 35).