Como os povos tradicionais da Amazônia (indígenas, ribeirinhos, quilombolas, caboclos) mantém sua relação com a floresta?
Soluções para a tarefa
Respondido por
7
Sim mantém …………………..
miguel00040j:
'----'
Respondido por
14
o bioma (Amazônia) reúne a maior parte dessa população no Brasil, são aproximadamente 200 mil pessoas¹, 420 povos diferentes, 86 línguas e 650 dialetos². São mais de 180 povos indígenas, além de vários grupos isolados³ vivendo no bioma. Ocupam uma área de 108 milhões de hectares, o que representa 21,5% da Amazônia Legal². Para se ter uma ideia da grandiosidade, a terra Yanomami, localizada em Roraima e no Amazonas, possui 25,7 mil indígenas, o que equivale a 5% do total de indígenas no país. As terras indígenas possuem um papel fundamental para garantir a proteção dos direitos e da identidade desses povos, cujos meios de vida possibilitam a manutenção da floresta e de seus recursos há tantas gerações.
Embora não tão conhecidas como os povos indígenas e seringueiros, há também outras populações tradicionais nos meandros do bioma, como quilombolas, ribeirinhos, pescadores e pescadoras artesanais, agricultores familiares, piaçabeiros, peconheiros, e outros.
Os quilombos, comunidades constituídas por homens e mulheres escravizados, que fugiram na época da escravidão, estão também na Amazônia. No bioma, há particularidades na formação dessas comunidades, pois muitas delas reuniram índios, mestiços e brancos junto aos negros escravizados. Segundo o projeto Nova Cartografia Social Brasileira, foram mapeadas mais de 1.000 comunidades quilombolas na Amazônia Legal, assim distribuídas: 750 no Maranhão, mais de 400 no Pará, quase 100 no Tocantins e dezenas no Amapá, Amazonas e Rondônia¹.
As populações tradicionais de seringueiros, piaçabeiros, pescadores, peconheiros etc., foram assim designados devido ao ofício que desempenham e que, reconhecendo a importância de se organizarem para lutar por seus direitos, vêm buscando fortalecer sua identidade. Por exemplo, os piaçabeiros vivem da extração da fibra da palmeira da piaçava (utilizada na fabricação de vassouras), do tupi “planta fibrosa”, é uma das principais atividades econômicas das populações que habitam o médio e alto Rio Negro e seus afluentes, no Amazonas⁵. Os peconheiros⁶, denominam os extrativistas de açaí, que se arriscam no topo das palmeiras e lutam por regulamentações do trabalho, garantindo melhores condições para exercerem suas atividades.
Importante mencionar os ribeirinhos, um conjunto de populações que, apesar das pressões do mundo, ainda mantêm um estilo de vida tradicional baseado na pesca⁷. É comum noticiar a Amazônia com seus rios entremeados de palafitas de madeira (casas construídas sobre troncos ou pilares para evitar que se alaguem). A pesca é a principal fonte de proteína dessas populações locais, mais importante ainda do que a caça.²
Toda essa diversidade étnica e populacional dialoga com o manejo sustentável para a conservação da biodiversidade. Os povos e comunidades tradicionais da Amazônia encontram na caça, pesca e no extrativismo fonte de alimentação e renda. Além disso, alinham a esse modo de vida conhecimentos tradicionais que contribuem para a conservação do bioma e, assim, para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Essas populações domesticaram diversas espécies frutíferas da região o que reforça o potencial dessa atividade para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A garantia e proteção dos territórios tradicionais é fundamental para a manutenção das funções ecológicas do bioma e toda sua biodiversidade e para o desenvolvimento justo e sustentável. As práticas dos povos e comunidades possuem tradicionalmente uma lógica de manejo para a sustentabilidade, muitas vezes renegada pela sociedade, mas que vem se mostrando a alternativa mais viável para a sobrevivência da Amazônia.
Embora não tão conhecidas como os povos indígenas e seringueiros, há também outras populações tradicionais nos meandros do bioma, como quilombolas, ribeirinhos, pescadores e pescadoras artesanais, agricultores familiares, piaçabeiros, peconheiros, e outros.
Os quilombos, comunidades constituídas por homens e mulheres escravizados, que fugiram na época da escravidão, estão também na Amazônia. No bioma, há particularidades na formação dessas comunidades, pois muitas delas reuniram índios, mestiços e brancos junto aos negros escravizados. Segundo o projeto Nova Cartografia Social Brasileira, foram mapeadas mais de 1.000 comunidades quilombolas na Amazônia Legal, assim distribuídas: 750 no Maranhão, mais de 400 no Pará, quase 100 no Tocantins e dezenas no Amapá, Amazonas e Rondônia¹.
As populações tradicionais de seringueiros, piaçabeiros, pescadores, peconheiros etc., foram assim designados devido ao ofício que desempenham e que, reconhecendo a importância de se organizarem para lutar por seus direitos, vêm buscando fortalecer sua identidade. Por exemplo, os piaçabeiros vivem da extração da fibra da palmeira da piaçava (utilizada na fabricação de vassouras), do tupi “planta fibrosa”, é uma das principais atividades econômicas das populações que habitam o médio e alto Rio Negro e seus afluentes, no Amazonas⁵. Os peconheiros⁶, denominam os extrativistas de açaí, que se arriscam no topo das palmeiras e lutam por regulamentações do trabalho, garantindo melhores condições para exercerem suas atividades.
Importante mencionar os ribeirinhos, um conjunto de populações que, apesar das pressões do mundo, ainda mantêm um estilo de vida tradicional baseado na pesca⁷. É comum noticiar a Amazônia com seus rios entremeados de palafitas de madeira (casas construídas sobre troncos ou pilares para evitar que se alaguem). A pesca é a principal fonte de proteína dessas populações locais, mais importante ainda do que a caça.²
Toda essa diversidade étnica e populacional dialoga com o manejo sustentável para a conservação da biodiversidade. Os povos e comunidades tradicionais da Amazônia encontram na caça, pesca e no extrativismo fonte de alimentação e renda. Além disso, alinham a esse modo de vida conhecimentos tradicionais que contribuem para a conservação do bioma e, assim, para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Essas populações domesticaram diversas espécies frutíferas da região o que reforça o potencial dessa atividade para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A garantia e proteção dos territórios tradicionais é fundamental para a manutenção das funções ecológicas do bioma e toda sua biodiversidade e para o desenvolvimento justo e sustentável. As práticas dos povos e comunidades possuem tradicionalmente uma lógica de manejo para a sustentabilidade, muitas vezes renegada pela sociedade, mas que vem se mostrando a alternativa mais viável para a sobrevivência da Amazônia.
Perguntas interessantes
Matemática,
5 meses atrás
Português,
5 meses atrás
Administração,
5 meses atrás
Matemática,
7 meses atrás
Matemática,
11 meses atrás
Administração,
11 meses atrás
Biologia,
11 meses atrás