História, perguntado por josepazneto2, 10 meses atrás

como os filósofos organizaram a enciclopédias?​

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Respondido por laisschuster06
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Resposta:

O termo enciclopédia tem origem nas palavras gregas enkyklos (“em torno de”) e paideia (“educação”). O desejo de englobar todos os conhecimentos humanos em uma única obra já existia na Grécia ao tempo de Aristóteles (século IV a.C.) e persistiu durante a Idade Média. São dessa época as obras Etimologias, do bispo católico Isidoro de Sevilha, publicado por volta do ano 630 (448 capítulos em 20 volumes), e Suda, compilação de textos gregos clássicos feita em Constantinopla no século X da era cristã. A Suda foi a primeira obra a organizar os assuntos em ordem alfabética. De Rerum proprietatibus, de Bartholomeus Anglicus (1240) e Speculum Majus, de Vicente de Beauvois (1260), também figuram entre os mais importantes trabalhos do gênero no período medieval. Até o Renascimento, o termo “enciclopédia” conservou o sentido grego de “educação que abrange todo o conhecimento”.

Difusão do Iluminismo  

A primeira enciclopédia moderna foi editada na França, em 1772, pelos estudiosos Jean d’Alembert e Denis Diderot e teve entre seus principais colaboradores os filósofos Voltaire, Rousseau e Montesquieu. Denominava-se Encyclopédie ou Dicionnaire raisonné des sciences, des arts e des métiers (“Enciclopédia ou Dicionário lógico das ciências, das artes e dos ofícios”). Composta por 35 volumes, foi responsável pela difusão do Iluminismo, corrente de pensamento de grande importância na formação do mundo contemporâneo. A enciclopédia francesa tornou-se referência para obras do gênero, escritas nos mais diversos idiomas. Entre as enciclopédias publicadas atualmente no mundo, destaca-se a Encyclopædia Britannica (nos países de língua inglesa); além dela, publicam-se várias outras nos principais idiomas falados no planeta, entre eles o português.

Enciclopédias atuais  

As enciclopédias se dividem em duas categorias: as gerais, que procuram abranger todo o conhecimento humano, e as especializadas, que abordam apenas uma área do saber. Estas últimas muitas vezes se confundem com dicionários. A distinção entre um dicionário e uma enciclopédia é fácil de estabelecer, mas difícil de realizar na prática. Pode-se dizer que o dicionário explica palavras e a enciclopédia, além disso, aborda ideias, seres e coisas. Por isso, nas enciclopédias os temas são tratados de modo mais amplo. Tanto nas enciclopédias quanto nos dicionários, os assuntos são organizados quase sempre em ordem alfabética.

Antes da era digital, o saber enciclopédico ficava armazenado nos livros. Em nossos dias, os recursos de multimídia oferecem novas possibilidades de acesso à informação, aproximando as enciclopédias do sonho de seus idealizadores: oferecer o máximo de conhecimentos sobre qualquer assunto a todas as pessoas interessadas em ampliar horizontes culturais.

Explicação:

O enciclopedismo foi um movimento filosófico-cultural originado do iluminismo, desenvolvido na França por Diderot e d'Alembert e que buscava, a partir dos novos princípios da razão, catalogar todo o conhecimento humano na Encyclopédie, uma obra monumental, que constava de 35 volumes. Os filósofos e demais pensadores que integravam o enciclopedismo eram chamados de enciclopedistas.

A Encyclopédie foi editada por Denis Diderot e Jean le Rond d’Alembert, com contribuições em artigos de Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Buffon e do barão D'Holdbach. As estritas leis da censura na França evitaram ataques diretos à Igreja Católica e ao Estado, mas estas duas instituições gêmeas eram tratadas na Enciclopédia com ironia e desdém

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