como os babilônios calculavam os dias,meses e os anos?
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Na Babilônia, tivemos também um dos mais antigos calendários do Oriente, semelhante aos dos egípcios e talvez dos sumerianos que foram seus antecessores.O calendário babilônico, com algumas modificações, persiste no calendário judaico, até os dias atuais.Embora na sua origem fosse lunar, o calendário ajustava-se pelo ciclo solar, cuja trajetória na eclítica já conhecida pelos astrônomos, foi mensurada em 360 pontos, cada ponto correspondendo a 1 dia e 1 noite.A partir dai, fundamentaram o grau, utilizado até os nossos dias.Deixemos um pouco a estrutura do calendário para o próximo item e, vejamos um pouco de história:Após conquistarem a Mesopotâmia, os amoritas fundaram o Primeiro Império Babilônico, cuja capital, a Babilônia, era uma pequena cidade do rio Eufrates.Posteriormente, tornou-se capital do verdadeiro Império Babilônico, já sob o domínio do Imperador Hamurabi, por volta de 2067 a 2065 a.C..Para os estudiosos da época, os calendários eram importantíssimos e de certa forma, propulsores da astronomia; a determinação ou mensuração do ciclo anual, exigia daqueles analistas de sistemas, apurações precisas e não podemos nos surpreender de que as primitivas medidas, fossem consideradas arcaicas, comparadas com as subseqüentes.Infelizmente, tais informações não nos dá uma segurança absoluta desses apontamentos; uma pela própria antiguidade e destruição quase que total de suas bibliotecas e outra, pelo hermetismo de uma casta sacerdotal que, evidentemente, dividia as informações, no mínimo, em duas categorias:Informações aos leigos (civis) e aos iniciados (religiosos)Com o passar dos séculos, constatações e registros intermitentes, tornaram-se mestres nas artes, digamos astronômicas. Em conseqüência, compreensível que tais informações ficassem restritas a grupos selecionados de eruditos.Atestam alguns, que a palavra Sacerdócio, não se origina, como pensa a maioria, de atos religiosos, mas sim da prática de olhar os céus, com presteza, dedicação e é claro, com infinita paciência.Essa "veneração" por tal prática, com o passar do tempo, conduz a pensarem que os astros portassem poderes supremos, considerando-os pois, entidades divinas.Como não dispunham de aparelhos de extensão visual, mas somente das vistas, conseguiram catalogar apenas cinco planetas (Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno) e, logicamente, o Sol e a Lua, perfazendo um total de 7, um número cabalístico. Dai o porque, nomearem os dias da semana, com o nome de cada astro.Igualmente, já dominavam e calculavam a revolução da Lua, comparativamente a Hiparco, com diferença de segundos. Com tais conhecimentos, era de se esperar que os utilizassem em seus calendários e, podem crer, o fizera.Também, numa interpretação livre, considerei nos cálculos, que os babilônios acrescentaram 214 dias, ou 3 meses de 30 e 4 meses de 31 dias:
Ano babilônio = 6.726 dias (354 X 19)
Inclusão 7 meses ( 3 X 30 +4 X 31)= 214 dias
Total 6.940 dias ou 235 meses
Revolução sinódica da Lua (1940) 29,5305881 X 235 meses = 6.939,6882035 dias
Revolução trópica do Sol (1995) 365,242192957 X 19 anos = 6.939,60166618 dias
Provavelmente, foram os precursores dos procedimentos de inserções nos calendários, com predominância para um 13 mês complementar, que no sistema babilônio, ocorria a cada 3 anos.Pela peculiaridade, nas lides civis, transformaram esse mês num marco de cobranças de dívidas ou outros ajustes; contribuindo mais para a "mística"desse período, ocorriam erros nas sua determinação.Essas situações desconfortáveis, junto com outras que aconteciam, foram transformando esse 13 mês, em alguma coisa nefasta ou azarada, alastrando-se, provavelmente até os nossos dias, essa superstição sobre o número considerado aziago, ou, de mau agouro.Em contrapartida, a forma estrutural do calendário alastrou-se por várias civilizações, com preponderância aos egípcios e aos hebreus, após o chamada cativeiro da Babilônia; foi enorme também a influência exercida sobre os povos gregos.