Como os antibióticos e inseticidas influenciam no processo evolutivo?
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Antibióticos inibem a reprodução de bactérias; inseticidas são letais para artrópodes como insetos e aracnídeos. Porém a ação dessas substâncias nunca é uniforme sobre uma população devido à existência das variações genéticas entre os indivíduos.
Essas variações resultam de uma combinação de fatores: mutações aleatórias que acontecem no DNA cromossômico, processos de permutação entre genes durante a meiose (que forma gametas, p. ex.) e reprodução sexuada cruzada. É o acúmulo dessas mutações ao longo do tempo que vai potencializando variações genéticas individuais numa população.
Por isso, numa mesma população encontram-se tanto indivíduos mais resistentes como menos resistentes, a certos agentes ambientais. Aquelas bactérias que apresentam mutações que conferem uma maior resistência à antibióticos (ou inseticidas, no caso dos insetos), sobrevivem e se reproduzem. Com isso, a população desses "mutantes resistentes" aumenta com o passar do tempo e a mesma dosagem do antibiótico (ou do inseticida) causa cada vez menos efeito. Mais algumas gerações e será preciso desenvolver um antibiótico (ou inseticida) bioquimicamente diferente. E a situação irá se repetir...
O primeiro antibiótico a ser usado em larga escala foi a penicilina que, atualmente, é ineficaz sobre a maioria das bactérias. Hoje, a biomedicina tem que enfrentar as chamadas "superbactérias" com classes de antibióticos cada vez mais variadas - e potentes.
Com o inseticida DDT, o caso foi semelhante: seu uso indiscriminado ajudou a aumentar a população daqueles insetos naturalmente resistentes. Por isso, atualmente, recomenda-se o controle biológico de pragas substituindo o uso de inseticidas.
Conclusão: antibióticos e inseticidas ajudam na seleção natural dos indivíduos geneticamente mais resistentes; eles sobrevivem, se reproduzem e transmitem suas "mutações de resistência" para os descendentes. Depois de algumas gerações surgem populações que são pouquíssimo afetadas pelas mesmas dosagens daquelas substâncias.
OBS.: É muito comum lermos p. ex., que "determinada espécie de bactéria ficou resistente ao antibiótico X" ou que "o inseticida Y conferiu resistência aos insetos..." Há um erro conceitual nessas afirmações: os antibióticos (ou os inseticidas) não tornam bactérias (ou insetos) mais resistentes (essas seriam afirmativas lamarquistas). O que eles fazem é permitir a seleção dos mais adaptados, conforme afirma a teoria evolutiva de Darwin.
Espero ter ajudado.
Essas variações resultam de uma combinação de fatores: mutações aleatórias que acontecem no DNA cromossômico, processos de permutação entre genes durante a meiose (que forma gametas, p. ex.) e reprodução sexuada cruzada. É o acúmulo dessas mutações ao longo do tempo que vai potencializando variações genéticas individuais numa população.
Por isso, numa mesma população encontram-se tanto indivíduos mais resistentes como menos resistentes, a certos agentes ambientais. Aquelas bactérias que apresentam mutações que conferem uma maior resistência à antibióticos (ou inseticidas, no caso dos insetos), sobrevivem e se reproduzem. Com isso, a população desses "mutantes resistentes" aumenta com o passar do tempo e a mesma dosagem do antibiótico (ou do inseticida) causa cada vez menos efeito. Mais algumas gerações e será preciso desenvolver um antibiótico (ou inseticida) bioquimicamente diferente. E a situação irá se repetir...
O primeiro antibiótico a ser usado em larga escala foi a penicilina que, atualmente, é ineficaz sobre a maioria das bactérias. Hoje, a biomedicina tem que enfrentar as chamadas "superbactérias" com classes de antibióticos cada vez mais variadas - e potentes.
Com o inseticida DDT, o caso foi semelhante: seu uso indiscriminado ajudou a aumentar a população daqueles insetos naturalmente resistentes. Por isso, atualmente, recomenda-se o controle biológico de pragas substituindo o uso de inseticidas.
Conclusão: antibióticos e inseticidas ajudam na seleção natural dos indivíduos geneticamente mais resistentes; eles sobrevivem, se reproduzem e transmitem suas "mutações de resistência" para os descendentes. Depois de algumas gerações surgem populações que são pouquíssimo afetadas pelas mesmas dosagens daquelas substâncias.
OBS.: É muito comum lermos p. ex., que "determinada espécie de bactéria ficou resistente ao antibiótico X" ou que "o inseticida Y conferiu resistência aos insetos..." Há um erro conceitual nessas afirmações: os antibióticos (ou os inseticidas) não tornam bactérias (ou insetos) mais resistentes (essas seriam afirmativas lamarquistas). O que eles fazem é permitir a seleção dos mais adaptados, conforme afirma a teoria evolutiva de Darwin.
Espero ter ajudado.
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