Filosofia, perguntado por willyanaalmeida, 10 meses atrás

como opera a propaganda comercial nos dias de hoje?​

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Respondido por douglasspfc563
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Resposta:

Em seus começos, em fins do século XIX, a propaganda comercial sublinhava e elogiava as qualidades do produto: apresentava, por exemplo, os efeitos curativos dos remédios, o conforto de uma mobília, o bom gosto de uma peça de roupa em moda.

Como na era da sociedade industrial os produtos eram valorizados por sua durabilidade, a propaganda tendia a inventar uma imagem duradoura que garantisse sempre o reconhecimento imediato do produto e fosse facilmente repetida. Essa "marca" podia ser um desenho, um slogan, uma pequena melodia, uma rima. A propaganda também buscava afirmar o produto trazendo o nome do fabricante como garantia da qualidade ou da exclusividade.

Para entendermos a mudança ocorrida em nossos dias na forma da propaganda, precisamos levar em conta algumas características da passagem da sociedade industrial à pós-industrial: o aumento da competição entre produtores e distribuidores; o crescimento do mercado da moda (que não se restringe mais ao vestuário); e, sobretudo, a constatação, pelas pesquisas de mercado, de que as vendas dependiam da manipulação dos desejos do consumidor e até mesmo de criar desejos nele. Assim, a propaganda comercial foi deixando de apresentar o produto propriamente dito (com suas propriedades) para afirmar os desejos que ele realizaria: sucesso, prosperidade, segurança, juventude eterna, beleza, atração sexual, felicidade. Em outras palavras, a propaganda ou publicidade comercial passou a vender imagens e signos, e não as próprias mercadorias.

Por exemplo, em lugar do sabonete e do desodorante, surge a imagem da sensualidade d

Explicação:Em seus começos, em fins do século XIX, a propaganda comercial sublinhava e elogiava as qualidades do produto: apresentava, por exemplo, os efeitos curativos dos remédios, o conforto de uma mobília, o bom gosto de uma peça de roupa em moda.

Como na era da sociedade industrial os produtos eram valorizados por sua durabilidade, a propaganda tendia a inventar uma imagem duradoura que garantisse sempre o reconhecimento imediato do produto e fosse facilmente repetida. Essa "marca" podia ser um desenho, um slogan, uma pequena melodia, uma rima. A propaganda também buscava afirmar o produto trazendo o nome do fabricante como garantia da qualidade ou da exclusividade.

Para entendermos a mudança ocorrida em nossos dias na forma da propaganda, precisamos levar em conta algumas características da passagem da sociedade industrial à pós-industrial: o aumento da competição entre produtores e distribuidores; o crescimento do mercado da moda (que não se restringe mais ao vestuário); e, sobretudo, a constatação, pelas pesquisas de mercado, de que as vendas dependiam da manipulação dos desejos do consumidor e até mesmo de criar desejos nele. Assim, a propaganda comercial foi deixando de apresentar o produto propriamente dito (com suas propriedades) para afirmar os desejos que ele realizaria: sucesso, prosperidade, segurança, juventude eterna, beleza, atração sexual, felicidade. Em outras palavras, a propaganda ou publicidade comercial passou a vender imagens e signos, e não as próprias mercadorias.

Por exemplo, em lugar do sabonete e do desodorante, surge a imagem da sensualidade da mulher ou do homem que os usam. O automóvel é apresentado como prova de sucesso, charme e inteligência do consumidor.

A propaganda comercial também se apropria de atitudes, opiniões e posições críticas ou radicais existentes na sociedade, esvaziando seu conteúdo social ou político para investi-las num produto, transformando-as em moda consumível e passageira. Feminismo, guerrilha revolucionária, movimentos de periferia são transformados em qualidades que vendem produtos.

Mas a publicidade não se contenta em inventar imagens com as quais o consumidor é induzido a identificar-se. Ela as apresenta como realização de desejos que ele nem sabia que tinha e que passa a ter - uma roupa ou um perfume são associados a viagens a países distantes e exóticos ou a uma relação sexual fantástica; um utensílio doméstico ou um sabão em pó são apresentados como a suprema defesa do feminismo, liberando a mulher das penas caseiras; etc.

- Do trabalho à fruição do desejo

No livro clássico A ética protestante e o espírito do capitalismo, o sociólogo alemão Max W

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