História, perguntado por izareis9869p7otb7, 10 meses atrás

Como ocorreu a radicalização dos conflitos ingleses? Urgenteeee

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Respondido por marqueswms12
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Resposta:

A Revolução Puritana, ocorrida na Inglaterra entre 1641 e 1649, originou pela primeira vez a constituição de uma República (1649-1658) em solo inglês. Tendo como líder mais destacado Oliver Cromwell, a Revolução Puritana inseriu-se como um dos principais momentos da Revolução Inglesa, que teve ainda a Revolução Gloriosa como desfecho. A principal consequência dessas revoluções foi a consolidação do regime político monárquico parlamentar, colocando fim ao absolutismo na Inglaterra.

O ápice da insatisfação veio com o reinado de Carlos I. Sendo obrigado a assinar a “Petição dos Direitos”, em 1628, que protegia a população contra tributos e detenções ilegais, em troca da ampliação de impostos de seu interesse, Carlos I dissolveu o Parlamento em 1629. Passou a governar de forma autocrática, reconvocando o Parlamento novamente em 1640 para conseguir recursos para debelar uma rebelião na Escócia.

Entretanto, o Parlamento tentou novamente limitar o poder régio, tendo como resposta de Carlos I uma nova tentativa de dissolução. O resultado dessas ações foi o deflagrar de uma violenta guerra civil e da Revolução Puritana.

Os preceitos religiosos e o controle da Igreja Anglicana na vida cotidiana garantiam o controle da ordem político-social inglesa. Mesmo com a ruptura com a Igreja Católica no reinado de Henrique VIII, a Igreja Anglicana mantinha-se mais próxima do catolicismo e da ideologia da Idade Média. Por outro lado, o puritanismo – o calvinismo inglês – era uma expressão ideológica da burguesia, principalmente pelo fato de ligar a salvação da alma às ações econômicas realizadas na Terra, bem como a uma religiosidade mais individualizada, sem a interferência institucional da Igreja.

Nesse sentido, a guerra civil opôs, grosso modo, os membros da alta nobreza aristocrática inglesa, funcionários do Estado e o clero, em sua maior parte anglicano, contra os agricultores capitalistas, a burguesia urbana, os pequenos mercadores e artesãos, que professavam crenças protestantes como o puritanismo e o presbiterianismo.

No aspecto militar, a divisão ocorreu entre os Cavaleiros, partidários de Carlos I e apoiados por latifundiários, católicos e protestantes; e os Cabeças Redondas (rounheads), os defensores do Parlamento. O nome adotado remetia ao corte de cabelo adotado, curto e de forma arredondada, diferenciando dos longos cabelos dos membros da corte.

Cromwell dissolvendo o grande Parlamento, tela de Andrew Carrick Grow (1848-1920)

Cromwell dissolvendo o grande Parlamento, tela de Andrew Carrick Grow (1848-1920)

Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças Redondas, conhecido como Exército de Novo Tipo, baseava-se em promoções internas por mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia aos soldados uma consciência política de suas ações. Essa diferença foi substancial para a derrota dos Cavaleiros nas batalhas de Marston Moor (1644) e Naseby (1645).

A primeira fase da guerra terminou em 1646, com a derrota de Carlos I. Mas o receio da posição radical democrática dos Cabeças Redondas levou parlamentares moderados a tentarem um acordo com a realeza. O resultado foi uma radicalização ainda maior da revolução. Em 1647, Carlos I foi preso pelos soldados. O rei ainda fugiu da prisão e tentou reorganizar uma reação. Porém, foi novamente derrotado por Cromwell e outros chefes das tropas parlamentares. Os radicais conseguiram a hegemonia na Câmara dos Comuns, expulsando os moderados. Em 1649, Carlos I foi julgado e executado. Sua decapitação foi a primeira de um monarca por ordem de um Parlamento.

Após Carlos I perder a cabeça, uma República foi instaurada na Inglaterra, formando-se um Conselho de Estado e extinguindo-se a Câmara dos Lordes. Oliver Cromwell ainda debelou as últimas reações dos realistas, pondo fim à guerra civil em 1651. Uma das principais medidas de Cromwell no governo foram os Atos de Navegação, que garantiam proteção aos comerciantes ingleses no comércio britânico, excluindo a ação holandesa no setor, que constituía até então a maioria.

Explicação:

acho que seja isso, mas se não for, desculpas, e dê uma resumida

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