História, perguntado por abcarvalho576, 1 ano atrás

Como ocorreu a dominação das potências econômicas imperialistas europeias?

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Respondido por larayessa69
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Dá-se o nome de neocolonialismo ao processo de dominação política e econômica, pelas potências capitalistas ou ex-coloniais ocidentais, no final do século XIX e ao longo do século XX, de regiões ou nações da África e da Ásia. As potências colonialistas incluem a Grã-Bretanha, França, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Áustria-Hungria e Império Otomano.

A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia e da Oceania.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, polos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população europeia fez, da dominação afro-asiática, uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa, que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.

Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências europeias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram, do século XIX, um período marcado por fortes tensões políticas. Em consequência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.

Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Herbert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram consideradas como sociedades primitivas, ainda em um estágio "infantil". Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos "desenvolvidos" conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava "o fardo do homem branco" no mundo.

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