Como ocorre o método comparativo?
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Vou te passar um documentário, e você tenta resumir da forma que você achar melhor.
A política comparada não é apenas um setor da ciência política, mas sim um modo de pesquisar o conjunto dos fenômenos políticos, uma maneira de aprofundar na análise empírica e na teoria política em todos os setores do conhecimento.
A reflexão comparativa pretende se impor como “maneira de ser” na ciência política, com algumas funções:
conhecer e conhecer-se: comparar ajuda a conhecer o outro na medida em que se deixam de lado estereótipos do senso comum e ajuda a conhecer-se pois a análise dos demais permite precisar aquilo que constitui nossa própria identidade. Com o gênero monográfico o pesquisador se arrisca a não ver o que constitui a particularidade do sistema político que estuda, dado que não pode compará-lo com nenhum outro para assim destacar o que tenha de indiscutível, de singular ou de particular.
compreender: comparar permite compreender/interpretar, ou seja, interpretar o que quer dizer política neste ou naquele lugar sem se limitar à concepção universalista ou etnocêntrica. Cada parlamento, cada partido, cada modo de mobilização política está marcado pelo traço de uma história, de uma cultura que os distingue dos mesmos conceitos em outros países; assim, a ação que se desenvolve no seio de cada um e sua maneira de funcionar ocultam uma parte distinta e indiscutível e não conhecê-la pode levar a uma má interpretação do jogo que efetuam seus atores.
relativizar: comparar nos leva a abandonar nosso léxico político, nossas teorias, nossos determinismos e preconceitos. Não existe um léxico universal da ciência política, pois todos os conceitos podem se universalizar com base em definições limitantes; não existem determinismos universais, pois as histórias são demasiado numerosas, complexas e independentes umas das outras; e, também não existem teorias políticas totalmente universais, pois nenhuma teoria é independente da cultura do sociólogo que a estabelece, e nenhuma cultura pretende alcançar o universalismo. Assim, a análise comparativa desarma certezas construídas pelos outros a fim de precisar, afinar, corrigir paradigmas e definir a fronteira que separa os domínios do universal e particular.
liberar: liberar do etnocentrismo e do peso do universal e do uniforme. Ao demonstrar a pluralidade, o método comparativo destaca a importância do acontecimento, da invenção, da ruptura, da mobilização e da ação, revelando que, se as trajetórias de desenvolvimento político são diferentes, não é porque os homens sejam diferentes ou porque não interpretaram da mesma maneira as leis da história, mas porque tomaram diferentes decisões, porque reagiram de maneira distinta ante acontecimentos diferentes e porque estabeleceram tradições diferentes.
O objetivo do comparatista é apresentar primeiro aquilo que é em determinado lugar e momento como a expressão do que não poderia ser e que, em todo caso, não existe em nenhum outro lado e em nenhum outro momento.
A tarefa do comparatista consiste mais em despertar dúvidas do que analisar.
O método comparativo, muitas vezes confundido com a justaposição de estudos regionais, deve ir mais adiante e confrontar a informação proveniente dessa justaposição, o que implica conhecimento de vários âmbitos.
Às vezes o método comparativo se limita à história comparada, para expressar melhor a indiscutível singularidade de cada modelo de desenvolvimento.
Quando se limita à análise institucional, o método comparativo deve procurar definir as práticas políticas do poder e as da oposição.
Para se aproximar de categoria científica, a comparação deve efetuar-se de maneira sistemática e crítica, por um lado, como procedimento de pesquisa e, por outro, como trabalho de configuração de um objeto cujo sistema também deve obedecer à preocupação comparativa, mesmo que seja único.
Bons Estudos!!
A política comparada não é apenas um setor da ciência política, mas sim um modo de pesquisar o conjunto dos fenômenos políticos, uma maneira de aprofundar na análise empírica e na teoria política em todos os setores do conhecimento.
A reflexão comparativa pretende se impor como “maneira de ser” na ciência política, com algumas funções:
conhecer e conhecer-se: comparar ajuda a conhecer o outro na medida em que se deixam de lado estereótipos do senso comum e ajuda a conhecer-se pois a análise dos demais permite precisar aquilo que constitui nossa própria identidade. Com o gênero monográfico o pesquisador se arrisca a não ver o que constitui a particularidade do sistema político que estuda, dado que não pode compará-lo com nenhum outro para assim destacar o que tenha de indiscutível, de singular ou de particular.
compreender: comparar permite compreender/interpretar, ou seja, interpretar o que quer dizer política neste ou naquele lugar sem se limitar à concepção universalista ou etnocêntrica. Cada parlamento, cada partido, cada modo de mobilização política está marcado pelo traço de uma história, de uma cultura que os distingue dos mesmos conceitos em outros países; assim, a ação que se desenvolve no seio de cada um e sua maneira de funcionar ocultam uma parte distinta e indiscutível e não conhecê-la pode levar a uma má interpretação do jogo que efetuam seus atores.
relativizar: comparar nos leva a abandonar nosso léxico político, nossas teorias, nossos determinismos e preconceitos. Não existe um léxico universal da ciência política, pois todos os conceitos podem se universalizar com base em definições limitantes; não existem determinismos universais, pois as histórias são demasiado numerosas, complexas e independentes umas das outras; e, também não existem teorias políticas totalmente universais, pois nenhuma teoria é independente da cultura do sociólogo que a estabelece, e nenhuma cultura pretende alcançar o universalismo. Assim, a análise comparativa desarma certezas construídas pelos outros a fim de precisar, afinar, corrigir paradigmas e definir a fronteira que separa os domínios do universal e particular.
liberar: liberar do etnocentrismo e do peso do universal e do uniforme. Ao demonstrar a pluralidade, o método comparativo destaca a importância do acontecimento, da invenção, da ruptura, da mobilização e da ação, revelando que, se as trajetórias de desenvolvimento político são diferentes, não é porque os homens sejam diferentes ou porque não interpretaram da mesma maneira as leis da história, mas porque tomaram diferentes decisões, porque reagiram de maneira distinta ante acontecimentos diferentes e porque estabeleceram tradições diferentes.
O objetivo do comparatista é apresentar primeiro aquilo que é em determinado lugar e momento como a expressão do que não poderia ser e que, em todo caso, não existe em nenhum outro lado e em nenhum outro momento.
A tarefa do comparatista consiste mais em despertar dúvidas do que analisar.
O método comparativo, muitas vezes confundido com a justaposição de estudos regionais, deve ir mais adiante e confrontar a informação proveniente dessa justaposição, o que implica conhecimento de vários âmbitos.
Às vezes o método comparativo se limita à história comparada, para expressar melhor a indiscutível singularidade de cada modelo de desenvolvimento.
Quando se limita à análise institucional, o método comparativo deve procurar definir as práticas políticas do poder e as da oposição.
Para se aproximar de categoria científica, a comparação deve efetuar-se de maneira sistemática e crítica, por um lado, como procedimento de pesquisa e, por outro, como trabalho de configuração de um objeto cujo sistema também deve obedecer à preocupação comparativa, mesmo que seja único.
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