Sociologia, perguntado por eireizinho, 9 meses atrás

Como o socialismo ficou após Karl Marx?

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Respondido por elainecristina85
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Explicação:

Embora o termo socialismo tenha significado especificamente uma combinação de ciência política e econômica, também é aplicável a uma área mais ampla da ciência, abrangendo o que hoje é considerado sociologia e humanidades. A distinção entre socialismo utópico e científico originou-se de Marx, que criticou as características utópicas do socialismo francês e da economia política inglesa e escocesa. Engels mais tarde argumentou que os socialistas utópicos não conseguiram reconhecer por que o socialismo surgiu no contexto histórico que ele criou, que surgiu como uma resposta às novas contradições sociais de um novo modo de produção, ou seja, o capitalismo. Ao reconhecer a natureza do socialismo como a resolução dessa contradição e aplicando uma compreensão científica completa do capitalismo, Engels afirmou que o socialismo havia se libertado de um estado primitivo e se tornado uma ciência. [2] Essa mudança no socialismo foi vista como complementar às mudanças na biologia contemporânea desencadeada por Charles Darwin e a compreensão da evolução pela seleção natural - Marx e Engels viram essa nova compreensão da biologia como essencial para a nova compreensão do socialismo e vice-versa.

Karl Marx (1818 até 1883) e Friedrich Engels (1820 até 1895), desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do próprio capitalismo.

Ao contrário dos utópicos, Marx e Engels não se preocuparam em pensar como seria uma sociedade ideal. Preocuparam-se, em primeiro lugar, em compreender a dinâmica do capitalismo e para tal estudaram a fundo suas origens, a acumulação prévia de capital, a consolidação da produção capitalista e, mais importante, suas contradições. Eles acreditavam que o capitalismo seria, inevitavelmente, superado e destruído. E, para eles, isso ocorreria na medida em que, na sua dinâmica evolutiva, o capitalismo, necessariamente, geraria os elementos que acabariam por destruí-lo e que determinariam sua superação. Entenderam, que a classe trabalhadora agora completamente expropriada dos meios de subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica e entender-se como uma classe revolucionária, teria um papel decisivo na destruição da ordem capitalista e burguesa. Apesar dele defender a ciência, ele criticava o cientificismo e alegava que método científico não era neutro nem estava isento de dogmas.[2]

Marx e Engels afirmaram, também, que o socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária, para se alcançar a sociedade comunista. Esta representaria o momento máximo da evolução histórica do homem, momento em que a sociedade já não mais estaria dividida em classes, não haveria a propriedade privada e o Estado, entendido como um instrumento da classe dominante, uma vez que no comunismo não existiriam classes sociais. Chegar-se-ai portanto, à mais completa igualdade entre os homens. Para eles isso não era um sonho, mas, uma realidade concreta e inevitável. Para se alcançar tais objetivos o primeiro passo seria a organização da classe trabalhadora.

A teoria marxista, expressa em dezenas de obras, foi claramente apresentada no pequeno livro publicado em 1848, O Manifesto Comunista. Posteriormente, a partir de 1867, foi publicada a obra básica para o entendimento do pensamento marxista: O Capital, de autoria de Marx. Os demais volumes, graças ao esforço de Engels, foram publicados após a morte de Marx.

Os princípios básicos que fundamentam a teoria marxista podem ser sintetizados em quatro teorias centrais:

A teoria da mais-valia, caracterizada pelo excedente referente ao lucro do capitalista, que não participa ativamente da produção mas, ainda assim, concentra a maior parte do capital obtido;

A teoria do materialismo histórico, na qual defende-se que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais 

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