Geografia, perguntado por sasah234, 9 meses atrás

Como o Oriente é entendido do posto de visto histórico? E quais são os reflexos do Ocidente no Oriente?

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Respondido por jefersonpimentel
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Resposta:

Este artigo traça as condições de possibilidade – configuradas pelo processo de orientalização do Ocidente – para o surgimento de novos paradigmas em saúde nas sociedades ocidentais. Para tal, esboça uma análise do conceito de superfície de emergência, elaborado por Michel Foucault, e a seguir desenvolve o tema da orientalização do Ocidente tal como foi descrito por Colin Campbell. Associa a ascensão crescente das medicinas alternativas e o florescimento de novas práticas de saúde em nosso meio à alternância histórica de uma teodicéia ocidental para uma outra que é caracteristicamente oriental.

Explicação:

Ao mesmo tempo, o crescente aumento da demanda pelas medicinas ditas alternativas tem sido considerável em nossa sociedade, principalmente a partir das últimas duas décadas do século passado. Assim, esse cenário de abertura da sociedade ocidental contemporânea para as práticas de saúde e sistemas de cura orientais nos levou a perguntar pelas origens desse processo, ou melhor, a indagar sobre as condições de possibilidade para a irrupção de diferentes paradigmas em saúde em nosso meio.

Nesta reflexão tratamos de um Oriente que não é o da geografia, mas de uma região mais imaginária que real, vagamente associada à extensa área que vai do Oriente Médio ao Japão, agrupada num 'outro lugar' mitológico pelo referencial eurocêntrico. Afinal, no processo cultural global contemporâneo, conforme o registro de Appadurai (1996), a imaginação desempenha um novo papel na vida social, tornando-se um campo organizado de práticas sociais. Por essa ótica, a imaginação não é meramente uma fantasia, um simples escape, um passatempo elitista ou uma contemplação. A imaginação é agora uma categoria central para todas as formas de agência, tornando-se ela mesma um fato social e um componente-chave da nova ordem global. Vivemos em 'mundos imaginados', verdadeiros blocos de construção, nos quais as linhas entre paisagens realistas e ficcionais são indistintas, quase obscuras. Imagens de fluxo, incerteza, volatilidade e caos estão substituindo velhas imagens de ordem, estabilidade e sistematicidade. É, portanto, nesse contexto sociocultural que se localiza esta reflexão.

Espero ter ajudado!

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