História, perguntado por kauaxurumela, 11 meses atrás

como o imperialismo se desenvolveu?​

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Respondido por SraJuSilva
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A expansão para outros territórios já era uma prática comum para muitos Impérios antigos. Porém, o termo imperialismo foi cunhado para abarcar especialmente as políticas de expansão e de conquistas de novos mercados adotadas pelas potências industriais durante a segunda metade do século XIX.

Estabelecido por potências europeias, como Inglaterra, Alemanha, Holanda e França, além dos Estados Unidos e do Japão, o imperialismo foi uma medida expansionista, que pregava a interferência em outros territórios com o objetivo de garantir os interesses da nação soberana. Muitas vezes, as atitudes colonizadoras passaram por cima das necessidades locais a fim de atender somente aos desejos do país conquistador.

Nos itens abaixo, preparamos uma explicação sobre os contextos históricos que levaram à adoção dessas práticas pelas potências europeias, bem como exemplos dos principais locais que sofreram com a interferência política e econômicas desses países.

Contexto histórico

Imagem: litografia do ano de 1876 mostrando as mudanças na vida europeia trazidas pelas revoluções industriais.

A política expansionista das potências europeias foi estabelecida graças a uma série de transformações econômicas e políticas ocorridas no continente durante a segunda metade do século XIX, principalmente em relação aos novos parâmetros comerciais estabelecidos pelas revoluções industriais:

2ª Revolução Industrial e a concorrência entre indústrias

A segunda fase da Revolução Industrial, ocorrida a partir da segunda metade do século XIX, ultrapassou os limites da Inglaterra e alcançou outras potências, como Alemanha, Holanda e França. As inovações tecnológicas foram além e provocaram mudanças significativas na produção econômica em países como  Estados Unidos e Japão.

A utilização do aço, a eletricidade, a petroquímica e outros avanços tecnológicos aceleraram o processo de industrialização dessas nações, permitindo uma produção maior e mais rápida de mercadorias. Tecnologias de comunicação, como os telefones e os telégrafos propiciaram uma integração maior entre pessoas de diferentes lugares do globo.

O modo de produção instaurado pela segunda fase da revolução industrial aumentou a competitividade entre as indústrias, que, por sua vez, necessitavam cada vez mais de altos investimentos em tecnologia para conseguir se desenvolver. Esse fator fez com que fábricas menores fossem anexadas por grandes empresas, que também se uniam entre si, a fim de reduzir custos e aumentar os lucros.

O desenvolvimento industrial criou uma ampla concorrência por recursos naturais e por mercados consumidores mundo afora. Todo esse quadro econômico motivou donos de fábricas a pressionarem os governos para a instauração de políticas que procurassem garantir a expansão das vendas e também de territórios.

O “fardo do homem branco”

Além das motivações econômicas e industriais, o imperialismo também precisou de justificativas culturais e científicas para ser empregado de fato pelas principais potências. Com isso, algumas teorias evolutivas,  como a de Darwin, foram deturpadas em pseudociências que afirmavam a superioridade do homem branco sobre outros povos.

Teorias racistas sustentavam que os povos da África e da Ásia não conseguiriam se desenvolver por conta própria, defendendo a ideia de que o homem branco europeu teria a missão de levar o progresso e a inovação até esses locais “atrasados”.

Neocolonialismo

Imagem: Desenho representando a Partilha da África da Conferência de Berlim, ocorrida entre 1884 e 1885.

As Grandes Navegações, ocorridas entre os séculos XV e XVII, foram responsáveis pela conquista de uma série de territórios nas Américas pelas potências europeias da época, como Inglaterra, Espanha e Portugal. No período, os países, motivados pelo capitalismo comercial, saíram atrás de especiarias e de matérias-primas para o comércio.

Na segunda metade do século XIX, houve uma retomada das expansões em um movimento que ficou conhecido como neocolonialismo. O objetivo das potências europeias, representadas por Inglaterra, França, Holanda e Alemanha, era buscar novos mercados para os produtos industrializados, bem como recursos naturais que favorecessem o desenvolvimento de novas tecnologias.

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