História, perguntado por gisellebarrosg5652, 1 ano atrás

Como o Brasil começou a fabricar seu papel moeda.? heeelllpppp :)

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Respondido por assisbrito
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A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em  08.05.1694, no Brasil Colônia, para cunhar moedas coloniais, que pudessem substituir as estrangeiras que aqui circulavam livremente. Em 1695, foram cunhadas as primeiras moedas oficiais, de 1.000, 2.000 e 4.000 mil réis, em ouro, e de 20, 40, 80, 320, e 640 reais, em prata, que ficaram na História como a “série das patacas”. Quase 150 anos depois, em 1843, a Casa da Moeda usando técnica de “intaglio” imprimiu o selo que entrou para a História da filatelia brasileira,  “Olho de Boi”, fazendo do Brasil, depois da Inglaterra e Suiça, o 3º emissor de selo postal do mundo.  Transferida para o Rio de Janeiro, em 1868, a Casa da Moeda ganhou modernas instalações na Praça da República, no Campo de Santana,  produzindo moedas, selos e estampilhas..

Conta a lenda que os governos do Brasil e do Chile encomendaram a um arquiteto francês a elaboração de projeto para a Casa da Moeda e do Palácio do Governo. A lenda diz que o arquiteto mandou os projetos trocados. O projeto chileno foi implantado com o nome de Palácio de La Moneda e o projeto brasileiro chamou-se Casa da Moeda, A lenda se desfaz porque o projeto chileno elaborado pelo arquiteto italiano, Joacquin Toesca, construído entre 1786 e 1811,  não era para Palacio e sim  Casa da Moeda. Em 1845, foi convertido em sede do Governo chileno. O projeto brasileiro não tinha a conotação de Palácio de Governo e foi inaugurado como Casa da Moeda em 1868. 

No governo Castello Branco, em 1964, a Casa da Moeda  subordinada à  Direção Geral  da Fazenda Nacional, dirigida por  Oswaldo Quinsan, que trabalhara com o general no Estado Maior das Forças Armadas-EMFA. Castello não nomeara o ministro Octavio Gouvea de Bulhões para a Fazenda. Quinsan tinha projeto de modernizar a Fazenda (Receita) e fazer com que a Casa da Moeda fosse reequipada e passasse a imprimir o papel moeda, antes comprado às grandes fornecedoras mundiais, Thomas de La Rue e American Bank Note, que tinham lobistas no Rio de Janeiro a seu serviço, instalados nas imediações do Palácio da Fazenda.

Enquanto servia no EMFA, na Praia Vermelha, Quinsan dera curso ao seu projeto acadêmico, tendo estudado Administração Pública no antigo Departamento Administrativo do Serviço Público-DASP, entre outros, com Wagner Estelita Campos, Afonso Arinos de Melo Franco, Aliomar Baleeiro, Belmiro Siqueira, embaixador Araújo Castro  e Alberto Guerreiro Ramos. O DASP funcionava no edifício Andorinhas, no Castelo. Depois do DASP, Quinsan fez a Escola Superior de Guerra, a “Sorbone”, em 1962, e fez dois cursos nos Estados Unidos sobre filosofia da tributação federal e evolução da administração econômica. Com conhecimento de gestão pública, capacitou-se junto a Castello para o desempenho da missão que recebera no Ministério da Fazenda. O ministro Bulhões lhe torceu o nariz.
 
Quinsan,  que despachava e prestava conta de seus atos a Castello,  usou fortes argumentos para reequipar a Casa da Moeda. Lembrou que na 2ª. Guerra mundial os alemães inundaram a Inglaterra com milhões de notas falsas de libra esterlina. A solução adotada pelo governo inglês foi de autenticar as notas verdadeiras e destruir as falsas. Um trabalhão. Os alemães já se preparavam para inundar a França de francos falsos e espalhar dólares falsos pelo mundo quando a Guerra acabou. Sensibilizou Castello que estava na hora de o Brasil produzir seu próprio papel moeda e terminar a dependência externa, ampliando o papel da Casa da Moeda que era restrito.  Acentuou que a mudança do padrão monetário de cruzeiro para cruzeiro novo, efetuada por Bulhões, custara muito caro e ampliara os ganhos das multinacionais e dos lobistas. Alem do que o Brasil era dos poucos países com mais de 20 milhões de habitantes que não imprimia o seu dinheiro.  

Castello deu todo apoio e mandou tocar. Um Grupo de Trabalho foi criado, presidido pelo comandante Nelson de Almeida Brum,  indicado pela  Marinha, para elaborar o projeto de lei, enviado ao Congresso e aprovado por unanimidade, No dia em que a lei foi sancionada, morreu Valentim Bouças, considerado um dos maiores lobistas das duas fornecedoras do papel moeda ao Brasil.

Do GT participaram representantes da PGFN,  Fazenda Naciona e  Bacen. Quinsan incluiu no GT o então major Wilberto Luis Lima, do Conselho de Segurança Nacional, que chegaria a general de Exército e a ministro do STJ, para evitar que o ministro Bulhões travasse o projeto. O lobby jogava pesado.  

A  licitação da compra da maquinaria da Casa foi inicialmente vencida por uma empresa americana. O ministro Bulhões avocou o processo e anulou.Nova licitação e nova vitória da mesma empresa. Nova anulação. A 3ª. licitação foi vencida  por uma empresa italiana chamada Gioia, bem defendida por neolobistas.

A modernização da Casa da Moeda,  iniciada em 1964,  se estendeu a 1969. Em 1984,  ganharia o parque de 500.000 metros quadrados, no Distrito Industrial de Santa Cruz, que permitiu ao Brasil produzir exportar
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