Como karl marx caracterizou a modernidade?
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Karl Marx (1818-1883) talvez seja um dos teóricos mais citados e discutidos em nossa história moderna. Suas obras teóricas mais famosas são esforços monumentais de análise histórica, social e econômica. De tão abrangentes, suas ideias trouxeram contribuições tanto para a área da Sociologia quanto para a Economia, Filosofia, História, Ciências Políticas e entre tantas outras.
Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber foram considerados os três pensadores clássicos, pois seus trabalhos tornaram-se pilares para a construção dos estudos sociológicos. Assim como Durkheim, o interesse de Marx era entender as mudanças sociais que testemunhara no decorrer da Revolução Industrial. Ele viu, em primeira mão, o rápido processo de crescimento das fábricas e da produção industrial, bem como o consequente crescimento das desigualdades sociais.
Sua relação íntima com os movimentos trabalhistas europeus da época influenciou seus escritos e a sua abordagem teórica. Embora se dedicasse mais a temas da área da economia, sua visão abrangente também considerava os acontecimentos que estavam ligados ao mundo social. Justamente por esse motivo, seus trabalhos são grandemente utilizados nos estudos sociológicos.
Embora tenha se dedicado ao estudo de diferentes momentos históricos, era a transição da modernidade que mais lhe interessava. Os fenômenos sociais que observara eram profundos e complexos, de tal forma que mudaram toda a estrutura social do mundo europeu e, posteriormente, de todo o resto do mundo. No entanto, Marx concentrou-se nas mudanças que envolviam o desenvolvimento do capitalismo dentro do novo contexto que se apresentava. Seu interesse devia-se às grandes diferenças que o sistema capitalista possuía em relação aos sistemas de produção que surgiram anteriormente na história humana, pois o foco desse sistema era a produção em larga escala de bens de consumo.
A relação entre o capitalista e o proletário
Para Marx, um dos pontos principais da questão estava no capital, isto é, qualquer bem, como dinheiro, máquinas e fábricas, que pudesse ser investido no intuito de gerar uma maior quantidade de capital. O segundo ponto principal era o estabelecimento da mão de obra assalariada como regra das relações de trabalho que se estabeleciam naquele momento. Esse ponto era crucial para Marx em razão dos impactos causados na vida do trabalhador, que, afastado da terra em virtude dos processos de cercamento, não possuía mais meios de produção para sua subsistência, sendo, portanto, obrigado a vender a sua força de trabalho em troca de um salário. Esse seria o início de uma nova relação de exploração, na qual o capitalista, ou o dono dos meios de produção, estabeleceria uma relação de dominação sobre o trabalhador, também chamado de proletário.
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Nessa perspectiva, Marx enxergava o estabelecimento de uma relação de conflito entre classes: o capitalista era detentor dos meios de produção e obtinha lucros sobre a produção do proletário, que, por sua vez, possuía pouco poder ou controle sobre seu trabalho. Marx enxergava nessa relação o surgimento iminente do conflito entre as classes envolvidas.
Perspectiva materialista da história
Vale salientar outra importante contribuição de Marx para o mundo teórico: a perspectiva materialista da história. No materialismo histórico, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos meios materiais dos sujeitos. Isso quer dizer que diferentes situações materiais, o que, em uma sociedade capitalista, traduz-se em situação econômica, moldam diferentes sujeitos. Essa diferença seria, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a realidades materiais diferentes.
Com essa ideia, Marx fez referência ao conflito incessante entre classes, o que julgou ser “o motor da história”. A preocupação de Marx estava além do estudo dos problemas das sociedades modernas, pois seu trabalho direcionava-se para a busca de uma lógica do desenvolvimento humano ao longo da história. Sob essa perspectiva, os modos de produção de uma sociedade eram determinantes tanto na constituição de sua realidade social quanto na determinação dos rumos que seu desenvolvimento tomaria.
Explicação:
Resposta:
Explicação: Para Marx: volatilidades/fugacidades; ou profanações do sagrado; ou novas relações sociais marcadas por reciprocidades; ou transformações constantes/aceleradas dos instrumentos de produção; ou inexorabilidade da condição de classe.