Como funcionava as eleições antigamente
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Até o ano de 1932, não existia Justiça Eleitoral no Brasil. As votações eram organizadas e controladas pelos chefes políticos locais, e depois validadas pelo Congresso Nacional. Além disso, o voto não era secreto, o eleitor tinha que dizer, em voz alta, em quem desejava votar.
Só uma parcela da população votava. Mulheres, analfabetos e pobres estavam excluídos do processo. O historiador Antônio Barbosa, professor da Universidade de Brasília disse que o sistema sem urnas favorecia as fraudes, inclusive, aconteciam na hora da confecção dos chamados mapas eleitorais, que eram as atas da votação num determinado local, indicando quantos tinham votado e qual o resultado. Tudo isso era feito pelos donos do poder local.
De acordo com Barbosa, a chamada Comissão Verificadora, formada por políticos do Congresso era responsável por checar as atas eleitorais.
Embora as fraudes tenham diminuído depois da criação da Justiça Eleitoral, problemas continuaram ocorrendo – antes de 1964, por exemplo, as cédulas de votação eram fornecidas pelos partidos aos eleitores, que deveriam colocá-las na urna. Só durante o regime militar a Justiça Eleitoral passou a confeccionar as cédulas, onde o eleitor deveria marcar um X nos nomes escolhidos.