como funcionava a vida dos escravos na América portuguesa
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a mão de obra escrava se mostrou fundamental às principais atividades econômicas desenvolvidas na América Portuguesa, como a agromanufatura açucareira nordestina e a extração de metais preciosos em Minas Gerais.
As casas das famílias coloniais mais abastadas, por exemplo, possuíam um bom número de serviçais, os “escravos domésticos”. Havia ainda os “escravos tigres”, cujas obrigações eram de extrema importância em tempos de precário saneamento básico: deveriam levar tonéis cheios de fezes das casas ao local de despejo mais próximo. Por razões óbvias, tais escravos também eram chamados de “enfezados”.
Não era incomum que muitos cativos resistissem à escravidão. Suicídios coletivos na senzala e abortos provocados propositadamente por mães escravas eram eventos bastante recorrentes. A própria capoeira surgiu como uma criativa forma de resistência cultural dos escravos africanos frente à dominação europeia.
A grande maioria desses escravos rebeldes era castigada violentamente. Seus martírios eram normalmente realizados na frente de outros cativos, estratégia adotada por seus senhores justamente para evitar a ocorrência de novas rebeliões. Interessante perceber que muitos dos algozes desses escravos eram de origem africana, utilizados intencionalmente pelos colonos como carrascos.