História, perguntado por CauaLDias, 9 meses atrás

Como funcionava a revolta dos escravos?

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Respondido por anabeatriz7245
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Resposta:

O homem negro representava fonte de

riqueza tanto para quem vivia do seu tráfico

como para quem o utilizava como força de trabalho. Do século XV ao XIX,

foram retiradas da África cerca de 75 milhões de pessoas. Recife, Salvador e,

mais tarde, o Rio de Janeiro foram os maiores centros receptores de negros, no

Brasil.

Contra os atos de rebeldia aplicavam-se as mais

variadas torturas. Os negros podiam ser colocados no vira-mundo, instrumento de

ferro onde suas mãos e pés ficavam amarrados. Em outras ocasiões recebiam

açoites com o bacalhau, um chicote de couro cru. Os atos de rebeldia

considerados mais graves eram punidos com a castração, amputação de seio, ou

quebra de dentes a marteladas.

Para o negro, portanto, só o local de

trabalho mudou. Os escravos continuavam a

ser a classe mais explorada. Suas condições de vida nas minas chegavam a

ser piores que nos canaviais: nas minas, a média de vida dos escravos girava

entre dois e cinco anos.

A opressão gerou resistências. O contrabando de ouro era uma

das formas utilizadas por alguns negros para obter dinheiro para comprar a sua

liberdade - a alforria. As fugas e a posterior formação de quilombos

eram outra maneira de lutar pela liberdade.

O suicídio, a execução dos brancos e

o banzo (também conhecido como "nostalgia da África") são também manifestações

de revoltas. Não se identificando com o mundo para o qual fora trazido, o negro

entrava em profunda depressão, recusando-se até a comer, definhando até a

morte. Mas a maior ameaça para a ordem colonial era certamente a reação

coletiva. As fugas em massa geralmente resultavam na formação de quilombos.

Nessas comunidades, os negros reorganizavam sua vida como na África.

O mais importante reduto de luta

contra a escravidão em toda a história brasileira foi o Quilombo dos

Palmares (1600-1695). Liderados inicialmente

por Ganga Zumba e depois por Zumbi, os negros formaram em Alagoas e no Sul de

Pernambuco um verdadeiro Estado livre. A invasão holandesa em 1630 ampliou

bastante a população do quilombo. Agregando cerca de 20 000 escravos foragidos,

resistiu durante quase todo o século XVII.

Em 1690, os lusos decidiram organizar

um ataque arrasador à cidadela africana. Para chefiar o ataque foi escolhido o

bandeirante Domingo Jorge Velho, conhecido especialista em massacre de

escravos. Em troca ele receberia privilégios e favores reais que incluíam

sesmarias no Nordeste.

O sistema defensivo dos rebeldes

parecia intransponível. A tática utilizada por Jorge Velho foi o cerco, imposto

por muito tempo, na tentativa de vencê-los pela fome. Não surtindo os efeitos

esperados, resolveu lançar mão de outra tática. Distribuiu entre alguns

escravos roupas de homens mortos pela varíola e criou condições para que

fugissem. Vestidos com essas roupas, livres, os escravos correram para o

quilombo, onde involuntariamente espalharam a doença. Isolados, sem víveres e

contaminados pela varíola, os negros de Palmares foram completamente

aniquilados, em 1695. Zumbi só foi capturado um ano depois. Teve sua cabeça

cortada e exposta em praça pública, em Olinda. O governador disse, na ocasião,

que o fato servia "para satisfazer os

ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros".

O que o europeu fez com o negro africano

foi uma tremenda perversidade! Uma violência contra a vida humana! Atrocidades com

os povos africanos, movidas pela ganância sem fim dos olhos azuis.

No Brasil a escravidão do africano é uma

mancha deixada pelo colonialismo que nunca vai ser totalmente apagada.

O lado positivo foi a influência da cultura

africana na religião, na comida, na música

e principalmente na miscigenação do povo brasileiro.

Leia mais: http://m.luis-leite.webnode.com/news/a-revolta-dos-escravos-no-brasil-colonia/

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