História, perguntado por mariamasuzzopessoal, 5 meses atrás

como funcionava a literatura na 1 repuublica​

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Respondido por alejandrenunes2605
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Resposta:

ExplicaçA Primeira República ou República Velha (1889-1930), que vai da proclamação do modelo republicano ao início da era Vargas, costuma ser relatada, na historiografia oficial, como um período de inexpressiva mobilização política do povo, que teria sido conduzido passivamente pelas elites da época. Mas para a pesquisadora Ivone da Silva Ramos Maya, a produção literária do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado o fundador da literatura de cordel impressa, coloca-se como um contraponto a essa ideia. No livro O povo de papel – a sátira política na literatura de cordel, a autora defende que o povo era informado, pelos poemas, sobre como funcionava o sistema político da época. A obra foi publicada com apoio da FAPERJ, pelo Programa de Auxílio à Editoração (APQ 3).

Com uma abordagem original, que associa a obra de Leandro Gomes de Barros ao contexto político da Primeira República, o livro se situa na fronteira entre a poesia e a história. "O foco da pesquisa consistiu, essencialmente, em buscar os temas trabalhados pelo autor sobre o contexto político da época e inaugurar uma nova historiografia para o período conhecido como Primeira República", conta Ivone. Para isso, ela se debruçou por cerca de cinco anos sobre um vasto acervo de folhetos de cordel escritos por Leandro Gomes de Barros. "Baseei-me, sobretudo, na seleção de poemas políticos que já havia começado a estudar, quando coordenei o projeto de pesquisa intitulado ‘Folhetos de Papel: Memória do Cordel’, realizado sob o patrocínio da FAPERJ, para a Fundação Casa de Rui Barbosa, sobre a obra do poeta", acrescenta.

A passagem da monarquia à república é descrita pelo poeta paraibano como um momento de grandes reviravoltas sociais, políticas e econômicas. Ele era uma voz popular que se posicionava claramente contra o novo regime. "Leandro Gomes de Barros representou o panorama político e social da Primeira República ao denunciar os fatos do cotidiano daquela época, sobretudo os de caráter político, com uma linguagem facilmente inteligível por seu público, em que prevalece a ironia, a sátira e, algumas vezes, a paródia", avalia Ivone. "Nesse sentido, o poeta desnuda para o leitor os bastidores do poder fazendo poemas sobre eleições, carestia, impostos, seca, corrupção, etc. que constituem, na opinião dele, os ‘pilares’ da Primeira República", completa.

Leandro Gomes de Barros descreveu ainda a atuação de coronéis, chefeão:

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