como foram chamadas na.teoria desenvolvimentista as novas nacoes? por que
Soluções para a tarefa
Ronald Domingues
19 de janeiro de 2004
Homogeneização social:
Há muitas décadas o capitalismo tem sido considerado como um processo de difusão irregular de avanços tecnológicos. Aplicar tecnologia equivale a elevar o volume de capital e reduzir a quantidade de mão-de-obra empregada em determinada produção e é graças ao constante progresso técnico (ou tecnológico), que torna-se possível manter um nível de mão-de-obra abundante e os salários reais estáveis.
Na Inglaterra, por exemplo, a expansão externa advinda do imperialismo canalizou volumosos investimentos para o exterior, impedindo uma exagerada demanda por mão-de-obra internamente. Nos Estados Unidos, o crescimento dos salários reais foi contido, principalmente, com fluxo de mão-de-obra imigrante e de novas terras oriundas do deslocamento da fronteira.
Com o passar do tempo, a oferta de mão-de-obra passou a ser insuficiente e surgiram as primeiras pressões por "homogeneização social". Homogeneização social não se trata de uniformização, mas satisfação de necessidades mínimas de alimentação, vestuário, moradia, educação, lazer e cultura. Os fatores que retardam as pressões por homogeneização social são aqueles que impedem o crescimento do salário real, dentre eles o progresso técnico e o processo inflacionário.
A teoria do subdesenvolvimento:
A teoria do subdesenvolvimento estuda nações ou regiões do globo em que a implementação de tecnologia não conduziu à homogeneização social. Assim, o subdesenvolvimento seria fruto da forma com que se dá a propagação do progresso técnico, sempre no sentido centro-periferia, de formas que nações impondo a outras novos padrões tecnológicos. Estariam temporariamente livres dessa subordinação técnica apenas países que possuam estoque de riqueza a ser explorada, como, por exemplo, o caso dos emirados petroleiros. Além de ser um desequilíbrio entre padrão tecnológico entre nações, o subdesenvolvimento é uma desarticulação interna caracterizado por um padrão de consumo mais avançado do que o padrão produtivo. Historicamente, o Japão permaneceria como uma nação subdesenvolvida se não tivesse concentrado esforços na reestruturação do processo produtivo.
Desta forma,livrar-se do subdesenvolvimento seria equivalente a corrigir a distância entre modernização do estilo de vida e dos processos produtivos, ou seja, congelar a demanda de bens finais de consumo e intensificar os investimentos no sistema produtivo. De nada adiantaria a abertura ao comércio exterior se antes não fossem tomadas essas medidas.
Superando o subdesenvolvimento:
A China atreveu-se a desafiar o subdesenvolvimento evitando a modernização do consumo, através do isolamento das influências externas (a chamada "cortina de ferro") e implementando modificações estruturais no sistema produtivo. Existem, entretanto, dúvidas sobre até que ponto o isolamento extremo não desestimula a eficácia econômica. Embora os chineses não possam ousar um grau de homogeneidade social a elevados níveis de consumo, eles puderam comprovar algo muito importante: a miséria absoluta não é característica de países com baixa renda per capita, mas daqueles onde são acentuadas as disparidades sociais e/ou regionais.
Coréia do Sul e Taiwan seguiram um caminho muito interessante. Após a independência, concentraram os esforços na reforma agrária e no investimento humano, destacando-se a educação. Em um segundo momento, os investimentos foram direcionados a determinados setores objetivando o aumento de produtividade através de pesquisa. Pelo o que se pode observar, ainda existem algumas limitações para que Coréia do Sul e Taiwan rompam as barreias do subdesenvolvimento, destacando-se a altíssima densidade demográfica e a escassez de fontes de energia.
Teoria da pobreza:
A teoria da pobreza consiste em afirmar que determinada parcela da população não participa dos benefícios do crescimento econômico, o que acentua a concentração de renda. Segundo essa teoria, a única forma de romper esse círculo vicioso seria a modificação na "distribuição primária de renda", através de redistribuição do estoque de ativos e/ou reforma no sistema de crédito, acompanhada por investimentos em educação. Nota-se que essa teoria foi elaborada observando-se as experiências da Coréia do Sul e Taiwan sem considerar que cada nação conta com aspectos peculiares. A principal tarefa não seria relacionar as medidas que deveriam ter sido tomadas no passado, mas descobrir como vencer o estágio de subdesenvolvimento por que passam atualmente diversas nações.
Espero te-lo ajudado