Como foi resolvida a disputa politico religiosa no imperio bizantino.
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A partir do século VI, quando o cristianismo já era a religião oficial do Império Bizantino, havia um grave surto de iconolatria (adoração de imagens) nos domínios do império. Esse surto derivou de uma mistura popular de resquícios dos antigos ritos dedicados aos ídolos pagãos, greco-romanos, com a veneração das imagens que representavam as personagens principais do Cristianismo. A ortodoxia cristã dos primeiros séculos (e isto ainda é seguido tanto pela Igreja Católica quanto pela Ortodoxa) admitia a veneração de imagens sacras pelo fato de elas representarem o Cristo, a Virgem etc., e não propriamente encarnarem a pessoa deles. Desse modo, a veneração era autorizada, a idolatria (esta, sim, considerada um pecado), ou iconolatria, é que era proibida
Resposta:
O que foi a iconoclastia bizantina?
A iconoclastia bizantina foi um fenômeno político-religioso ocorrido no Império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente, entre os séculos VIII e IX. O termo iconoclastia é composto por dois radicais da língua grega: “eikóne” (ícone), que significa imagem, e “klastein”, que significa quebrar, romper. Portanto, o iconoclasta é aquele que destrói imagens. Mas que tipo de imagem era destruída no período em questão do Império Bizantino? Imagens que representavam as principais personalidades do cristianismo, a começar pelo próprio Cristo, seguido pela Virgem Maria, apóstolos, santos, mártires e anjos. E por que tais imagens religiosas passaram a ser destruídas? É o que responderemos no próximo tópico.
O problema da iconolatria
A partir do século VI, quando o cristianismo já era a religião oficial do Império Bizantino, havia um grave surto de iconolatria (adoração de imagens) nos domínios do império. Esse surto derivou de uma mistura popular de resquícios dos antigos ritos dedicados aos ídolos pagãos, greco-romanos, com a veneração das imagens que representavam as personagens principais do Cristianismo. A ortodoxia cristã dos primeiros séculos (e isto ainda é seguido tanto pela Igreja Católica quanto pela Ortodoxa) admitia a veneração de imagens sacras pelo fato de elas representarem o Cristo, a Virgem etc., e não propriamente encarnarem a pessoa deles. Desse modo, a veneração era autorizada, a idolatria (esta, sim, considerada um pecado), ou iconolatria, é que era proibida.
Entretanto, no século VI, os ícones passaram a ser eles próprios fontes de poder mágico, tal como no paganismo antigo. Como narra o historiador Daniel-Rops:
A devoção às imagens tomou tal incremento que nos deixa surpreendidos. Fazia-se um juramento? Era sobre um ícone. Comungava-se? As santas espécies deviam tocar primeiro um ícone. Batizava-se uma criança? A cerimônia realizava-se diante de um ícone, suntuosamente vestido e adornado de joias, e que às vezes chegava a fazer-se de padrinho. Produziam-se verdadeiras aberrações: haviam doentes que, para se curarem, ingeriam raspas de tintas de um ícone. De maneira geral, a plebe distinguia cada vez menos entre o ícone diante do qual queimava incenso e acendia velas, e o santo que essa imagem representava. “Muitos pareciam acreditar que, para honrar o batismo, era suficiente entrar na igreja e beijar repedidas vezes a cruz e as imagens”.
Leão III e Constantino V: institucionalização da iconoclastia
Os patriarcas e bispos do Oriente tentaram por um bom tempo reverter a iconolatria por meio da pedagogia litúrgica e das explicações sobre o que, de fato, as imagens representavam. Porém, no século VIII, ascendeu ao trono bizantino Leão III, o isáurico, que governou de 717 a 741. Esse imperador sofreu influências de heresias como a do monofisismo, que consistia na relutância à natureza humana de Cristo e sua representação em imagens, bem como de alguns elementos do judaísmo tradicional e do islamismo, que também eram avessos à representação imagética religiosa.
Convicto do caráter nocivo da veneração de imagens, Leão III começou a defender a institucionalização da iconoclastia a partir do ano de 726. O período mais violento em que vigorou a proibição da veneração de imagens ocorreu durante o reinado do filho de Leão III, Constantino V. Segundo Daniel-Rops:
Depois de se ter feito apoiar por um concílio iconoclasta, reunido em Hiéria em 754, Constantino V lançou-se numa verdadeira perseguição. As esculturas foram arrancadas à força, os mosaicos cobertos de cal, os afrescos raspados, e os livros dos partidários das imagens queimados. Multiplicaram-se as prisões, destituições de cargos e deportações. Uma segunda conspiração pôs ao rubro o déspota, que começou a desferir golpes a torto e a direito. [2]
Fim da iconoclastia
A fúria iconoclasta instituída teve uma breve pausa de três anos (787 a 789), na época em que reinou a imperatriz Irene, de Atenas. A veneração de imagens só foi efetivamente restituída no Império Bizantino com a ascensão da imperatriz regente Teodora (esposa de Teófilo e mãe de Miguel III, de quem foi regente de 842 a 855, após a morte do marido), no ano de 843, com o chamado Triunfo da Ortodoxia.
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