Como foi o mito de Tiradentes e como pode ser reconstruído?
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Tiradentes nasceu na Fazenda do Pombal, localizada entre a Vila de São José, hoje a cidade de Tiradentes, e a cidade de São João del Rey em Minas Gerais. Era filho do português, Domingos da Silva Santos, com a brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier. O casal teve sete filhos, sendo o pequeno Joaquim José o quarto da linhagem. Ficou órfão de seus pais aos 11 anos e mudou-se para Vila Rica (atual Ouro Preto) para morar com seu padrinho, que lhe ensinou o ofício de dentista. Desse ofício, Joaquim José recebeu o famoso apelido de TIRADENTES.
Além de dentista, Tiradentes também trabalhou como minerador, mascate e farmacêutico, sendo sócio em uma pequena botica de assistência aos pobres de Vila Rica. Sua participação política começou por causa da mineração. Joaquim José da Silva Xavier foi o responsável pelo reconhecimento de terrenos, fazendo o levantamento do sertão brasileiro. Alistando-se, assim, na tropa da capitania de Minas Gerais e tornando-se Alferes, do regimento militar, Dragões de Minas Gerais.
Com o conhecimento da região, foi nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, em 1781. Neste posto, era responsável por levar toda a produção mineira para o porto do Rio de Janeiro e enviá-la aos portugueses. No exército, Tiradentes acumulou frustrações. Apesar de se esforçar para conseguir uma promoção militar, não conseguia crescer profissionalmente. Esse foi um fato importante para a sua participação política na Inconfidência Mineira.
Tiradentes começou a perceber que o domínio de Portugal sobre o Brasil era injusto, principalmente sobre a extração de pedras preciosas. Em sua opinião, ao país jamais conseguiria andar com as próprias pernas enquanto a metrópole portuguesa dominasse os meios de produção e comércio brasileiro.
A Inconfidência Mineira
As frustrações pessoas de Tiradentes e a sua visão sobre a dominação de Portugal fizeram com que, ao lado de Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tiradentes ajudasse a montar um movimento de revolta contra as condições dos mineiros: a Inconfidência Mineira.
Como a maioria das revoltas brasileiras, a Inconfidência Mineira só aconteceu por conta da participação da chamada elite colonial. Mineradores, fazendeiros, padres, advogados e militares começavam a ter problemas para pagar os altos impostos à Coroa portuguesa. A escassez do ouro e de pedras preciosas já era preocupante às elites brasileiras. Os grandes mineradores já não conseguiam pagar as 100 arrobas anuais (1.500 kg) de ouro ao governo português.

Percebendo isso, Portugal começou a estabelecer algumas medidas restritivas na colônia, entre elas o Álvara de 1785, que proibiu a produção de tecidos no território brasileiro, obrigando a elite a importar todos os produtos consumidos a altas taxas de alfândega. Além disso, em 1788, o novo governador da capitania, Visconde de Barbacena, foi obrigado a aplicar a derrama, taxa de 538 arrobas de ouro em impostos atrasados, para aumentar a receita recolhida e a dependência econômica do Brasil em relação à metrópole.
A medida impulsionou os populares a aderirem aos inconfidentes. O movimento foi inspirado nos ideais iluministas e na independência das colônias inglesas (Estados Unidos). Vale ressaltar novamente que os líderes da Inconfidência Mineira eram homens instruídos e que tinham estudado em grandes universidades europeias e convivido com as ideias de Voltaire e Rousseau.

O papel de Tiradentes era atrair os populares com discursos e a divulgação das ideias. Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Luis Vieira da Silva e Inácio José de Alvarenga Peixoto seriam os responsáveis por organização uma nova Constituição. O plano militar era baseado em ações de defesa, com apoio externo e sistema de guerrilha. Entre as ações programadas estavam:
Criar a Casa da MoedaAcabar com o monopólio estatal sobre a extração mineralInstalar fábricas de pólvora, tecidos e usinas metalúrgicasSeparar a Igreja do EstadoCriar uma universidade em Vila RicaAbolir o exército permanente e profissionalCriar símbolos nacionais como a bandeira e as armas
Os inconfidentes saíram às ruas dando vivas à República com grande adesão popular, antes de se tornar numa revolução de fato. Para combater as ações revoltosas, o Visconde de Barbacena desistiu de decretar a derrama, mas começou a convocar os devedores da Fazenda Real para cobrar seus impostos. Um deles, Joaquim Silvério dos Reis, aceitou delatar os líderes da revolta em troca do perdão de sua dívida e um prêmio por sua lealdade à Coroa. Onze inconfidentes foram condenados à morte, porém apenas Tiradentes foi executado e esquartejado em praça pública.
Tiradentes acabou levando toda a culpa do movimento e visto como o único conspirador. O dentista foi condenado à morte, executado em 21 de abril de 1792, e teve seu corpo em exposição pública. Apenas em 1889, com a Proclamação da República, que Tiradentes foi elevado à condição de heroi.
Além de dentista, Tiradentes também trabalhou como minerador, mascate e farmacêutico, sendo sócio em uma pequena botica de assistência aos pobres de Vila Rica. Sua participação política começou por causa da mineração. Joaquim José da Silva Xavier foi o responsável pelo reconhecimento de terrenos, fazendo o levantamento do sertão brasileiro. Alistando-se, assim, na tropa da capitania de Minas Gerais e tornando-se Alferes, do regimento militar, Dragões de Minas Gerais.
Com o conhecimento da região, foi nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, em 1781. Neste posto, era responsável por levar toda a produção mineira para o porto do Rio de Janeiro e enviá-la aos portugueses. No exército, Tiradentes acumulou frustrações. Apesar de se esforçar para conseguir uma promoção militar, não conseguia crescer profissionalmente. Esse foi um fato importante para a sua participação política na Inconfidência Mineira.
Tiradentes começou a perceber que o domínio de Portugal sobre o Brasil era injusto, principalmente sobre a extração de pedras preciosas. Em sua opinião, ao país jamais conseguiria andar com as próprias pernas enquanto a metrópole portuguesa dominasse os meios de produção e comércio brasileiro.
A Inconfidência Mineira
As frustrações pessoas de Tiradentes e a sua visão sobre a dominação de Portugal fizeram com que, ao lado de Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tiradentes ajudasse a montar um movimento de revolta contra as condições dos mineiros: a Inconfidência Mineira.
Como a maioria das revoltas brasileiras, a Inconfidência Mineira só aconteceu por conta da participação da chamada elite colonial. Mineradores, fazendeiros, padres, advogados e militares começavam a ter problemas para pagar os altos impostos à Coroa portuguesa. A escassez do ouro e de pedras preciosas já era preocupante às elites brasileiras. Os grandes mineradores já não conseguiam pagar as 100 arrobas anuais (1.500 kg) de ouro ao governo português.

Percebendo isso, Portugal começou a estabelecer algumas medidas restritivas na colônia, entre elas o Álvara de 1785, que proibiu a produção de tecidos no território brasileiro, obrigando a elite a importar todos os produtos consumidos a altas taxas de alfândega. Além disso, em 1788, o novo governador da capitania, Visconde de Barbacena, foi obrigado a aplicar a derrama, taxa de 538 arrobas de ouro em impostos atrasados, para aumentar a receita recolhida e a dependência econômica do Brasil em relação à metrópole.
A medida impulsionou os populares a aderirem aos inconfidentes. O movimento foi inspirado nos ideais iluministas e na independência das colônias inglesas (Estados Unidos). Vale ressaltar novamente que os líderes da Inconfidência Mineira eram homens instruídos e que tinham estudado em grandes universidades europeias e convivido com as ideias de Voltaire e Rousseau.

O papel de Tiradentes era atrair os populares com discursos e a divulgação das ideias. Claudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Luis Vieira da Silva e Inácio José de Alvarenga Peixoto seriam os responsáveis por organização uma nova Constituição. O plano militar era baseado em ações de defesa, com apoio externo e sistema de guerrilha. Entre as ações programadas estavam:
Criar a Casa da MoedaAcabar com o monopólio estatal sobre a extração mineralInstalar fábricas de pólvora, tecidos e usinas metalúrgicasSeparar a Igreja do EstadoCriar uma universidade em Vila RicaAbolir o exército permanente e profissionalCriar símbolos nacionais como a bandeira e as armas
Os inconfidentes saíram às ruas dando vivas à República com grande adesão popular, antes de se tornar numa revolução de fato. Para combater as ações revoltosas, o Visconde de Barbacena desistiu de decretar a derrama, mas começou a convocar os devedores da Fazenda Real para cobrar seus impostos. Um deles, Joaquim Silvério dos Reis, aceitou delatar os líderes da revolta em troca do perdão de sua dívida e um prêmio por sua lealdade à Coroa. Onze inconfidentes foram condenados à morte, porém apenas Tiradentes foi executado e esquartejado em praça pública.
Tiradentes acabou levando toda a culpa do movimento e visto como o único conspirador. O dentista foi condenado à morte, executado em 21 de abril de 1792, e teve seu corpo em exposição pública. Apenas em 1889, com a Proclamação da República, que Tiradentes foi elevado à condição de heroi.
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