Como foi o contato entre os portugueses e os povos da China
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As primeiras referências à China num documento português remontam a 1508 e estão contidas no regimento de viagem dado a Diogo Lopes de Sequeira. A missão do fidalgo consistia em descobrir o entreposto marítimo - comercial de Malaca.
Mas, pedia-se-lhe, em simultâneo, que tentasse averiguar quem eram os chineses, qual era o seu poderio e que tipo de produtos negociavam.
Foi, precisamente, na sequência da conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque que os portugueses atingiram, pela primeira vez, a China em 1513. Fizeram-no a bordo de um barco asiático, integrados numa expedição comercial. O seu chefe de fila era Jorge Álvares, que conseguiu negociar favoravelmente.
A primeira armada oficial chegou a Cantão em 1517, sob o comando de Fernão Peres de Andrade, que também fez bons negócios. Descobriu-se, todavia, que a região estava infestada de piratas e que, devido ao sistema das monções, era impossível explorar o resto do Extremo - Oriente sem uma base permanente.
Os portugueses instalam-se em Liampó
Embora a perseguição aos portugueses se tivesse tornado a política oficial do Império Chinês, muitos havia que, a título pessoal, continuaram a deslocar-se, regularmente, para lá, na mira de bons negócios. Eram, pois, autênticos aventureiros, que arriscavam a vida por enfrentarem tanto as autoridades locais como os tufões. Os portugueses tiveram, no entanto, capacidade para jogar com os interesses comerciais de algumas populações costeiras, circunstância que os levou a conseguir um estabelecimento fixo, no ano de 1542, em Liampó.
Ao contrário de Cantão, localizada no sul e inserida na província de Kwang Tung, Liampó pertencia a uma província setentrional, a do Fukien. Em virtude desta localização e do maior raio de acção que era proporcionado pela base, não surpreende que aventureiros portugueses tenham desembarcado no Japão em 1543, desempenhando a partir daí o papel de intermediários nas relações comerciais entre a China e o Império do Sol Nascente, que estavam oficialmente interrompidas por motivos político-diplomáticos.
Desentendimentos com os chineses de Liampó acabaram por acarretar a expulsão dos portugueses em 1545. Fixaram-se, de seguida, em Chinchéu, de onde também foram despedidos em 1548. Porém, os portugueses dispunham então de um forte estímulo - o rico comércio que levavam a cabo entre a China e o Japão, baseado na troca de sedas e porcelanas por prata - pelo que regressaram às imediações de Cantão para negociarem clandestinamente.
Desperto para a importância desse tráfico, o Estado Português da Índia decretou o monopólio sobre a viagem ao Japão, em 1550. O modelo escolhido traduziu-se na concessão anual da viagem a um particular, medida que se revelou um sucesso porque os interessados disputavam esse benefício e teve o condão de ordenar o comércio. Uma armada, capitaneada por Leonel de Sousa, permaneceu ainda no mar da China, entre 1552 e 1554, com o intuito de disciplinar os aventureiros portugueses e alcançar um entendimento com os dignitários chineses.
Os portugueses instalam-se em Macau
O capitão conseguiu varrer a pirataria que infestava a zona de Cantão. As autoridades locais chinesas apreenderam então quão importantes eram os portugueses não só para manterem os piratas à distância, mas também para dinamizarem o comércio e, por conseguinte, a economia das províncias costeiras. Neste contexto, foi firmado um acordo, à revelia da corte imperial chinesa, o qual acabou por permitir que os portugueses se instalassem, definitivamente, em Macau, por volta do ano de 1557.
Espero ter ajudado:)
Mas, pedia-se-lhe, em simultâneo, que tentasse averiguar quem eram os chineses, qual era o seu poderio e que tipo de produtos negociavam.
Foi, precisamente, na sequência da conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque que os portugueses atingiram, pela primeira vez, a China em 1513. Fizeram-no a bordo de um barco asiático, integrados numa expedição comercial. O seu chefe de fila era Jorge Álvares, que conseguiu negociar favoravelmente.
A primeira armada oficial chegou a Cantão em 1517, sob o comando de Fernão Peres de Andrade, que também fez bons negócios. Descobriu-se, todavia, que a região estava infestada de piratas e que, devido ao sistema das monções, era impossível explorar o resto do Extremo - Oriente sem uma base permanente.
Os portugueses instalam-se em Liampó
Embora a perseguição aos portugueses se tivesse tornado a política oficial do Império Chinês, muitos havia que, a título pessoal, continuaram a deslocar-se, regularmente, para lá, na mira de bons negócios. Eram, pois, autênticos aventureiros, que arriscavam a vida por enfrentarem tanto as autoridades locais como os tufões. Os portugueses tiveram, no entanto, capacidade para jogar com os interesses comerciais de algumas populações costeiras, circunstância que os levou a conseguir um estabelecimento fixo, no ano de 1542, em Liampó.
Ao contrário de Cantão, localizada no sul e inserida na província de Kwang Tung, Liampó pertencia a uma província setentrional, a do Fukien. Em virtude desta localização e do maior raio de acção que era proporcionado pela base, não surpreende que aventureiros portugueses tenham desembarcado no Japão em 1543, desempenhando a partir daí o papel de intermediários nas relações comerciais entre a China e o Império do Sol Nascente, que estavam oficialmente interrompidas por motivos político-diplomáticos.
Desentendimentos com os chineses de Liampó acabaram por acarretar a expulsão dos portugueses em 1545. Fixaram-se, de seguida, em Chinchéu, de onde também foram despedidos em 1548. Porém, os portugueses dispunham então de um forte estímulo - o rico comércio que levavam a cabo entre a China e o Japão, baseado na troca de sedas e porcelanas por prata - pelo que regressaram às imediações de Cantão para negociarem clandestinamente.
Desperto para a importância desse tráfico, o Estado Português da Índia decretou o monopólio sobre a viagem ao Japão, em 1550. O modelo escolhido traduziu-se na concessão anual da viagem a um particular, medida que se revelou um sucesso porque os interessados disputavam esse benefício e teve o condão de ordenar o comércio. Uma armada, capitaneada por Leonel de Sousa, permaneceu ainda no mar da China, entre 1552 e 1554, com o intuito de disciplinar os aventureiros portugueses e alcançar um entendimento com os dignitários chineses.
Os portugueses instalam-se em Macau
O capitão conseguiu varrer a pirataria que infestava a zona de Cantão. As autoridades locais chinesas apreenderam então quão importantes eram os portugueses não só para manterem os piratas à distância, mas também para dinamizarem o comércio e, por conseguinte, a economia das províncias costeiras. Neste contexto, foi firmado um acordo, à revelia da corte imperial chinesa, o qual acabou por permitir que os portugueses se instalassem, definitivamente, em Macau, por volta do ano de 1557.
Espero ter ajudado:)
luizalelispax7vz:
muito obrigadooo
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